Re-Pa, riquíssima história de uma rivalidade Carlos Ferreira 16.06.24 5h15 Rivalidade centenária e separada por cerca de 300 metros (Fernando Araujo / Arquivo O Liberal) Uma pesquisa do jornalista Bernardo Pombo (GE), em 2016, consultando jornalistas esportivos de todo o país, posicionou o Re-Pa como 8° no ranking dos maiores clássicos regionais do futebol brasileiro. O Re-Pa só ficou abaixo de Grêmio x Internacional, Corinthians x Palmeiras, Flamengo x Vasco, Flamengo x Fluminense, Cruzeiro x Atlético, Corinthians x São Paulo e Bahia x Vitória. Foram 300 opiniões de jornalistas esportivos: 11 de cada estado e três estrangeiros em atividade no Brasil. E o 8° lugar traduziu bem a grandiosidade do Re-Pa, que completou 110 anos de riquíssima história, com o título de clássico mais jogado do mundo: 775 jogos, 268 vitórias do Remo, 243 do Paysandu e 264 empates. Bônus e ônus A rivalidade é ótima porque sustenta o grande apelo popular de Leão e Papão, com estádios lotados, fortes patrocínios e sucesso na venda de produtos. Mas implica num passionalismo exacerbado que se reflete em condutas amadoras e mantém os clubes em defasagem de estrutura e mentalidade. Bônus e ônus estão em todas as grandes rivalidades do futebol, mas no Re-Pa isso parece mais acentuado. Os gestores têm evoluído na mentalidade e nas atitudes, mas sem conseguir acompanhar as transformações. Ainda permitem que a rivalidade seja determinante em decisões que deveriam ser estratégicas, como também em grandes omissões. Gestão inteligente nesse ambiente é questão de sabedoria, de convicção e de coragem. É pra poucos! BAIXINHAS * Com tanta paixão e rivalidade, Remo e Paysandu funcionam nos extremos de terra arrasada ou mundo das nuvens. É pressão desumana ou exagero de afagos. É inferno ou paraíso. * Sobriedade acima de tudo. Hoje, contra o bom time do Ypiranga/RS, o Remo tem o desafio de ser sóbrio e ao mesmo tempo vibrante para absorver a energia da torcida e se impor em campo. É mais uma jornada tensa para os azulinos. * Edson Cariús, 19 jogos e um gol pelo Remo em 2021, tem 17 jogos e um gol pelo Ypiranga nesta temporada. Já Anderson Uchôa, que o Remo descartou erroneamente, é titular absoluto, iniciador de jogadas e líder do time gaúcho. * Mesmo sendo figura pálida no time do Remo, Ytalo é o principal artilheiro com 6 gols em 20 jogos. Os remistas seguem na esperança de que o atacante acorde e se torne digno do maior salário no Baenão. * Paysandu tem hoje a maior folha salarial da história do futebol paraense, em torno de R$ 2,2 milhões. Isso mesmo! Informação checada. Elenco e comissão técnica atuais são bem mais caros que daquele fabuloso Papão da Libertadores/2003. É outra época! O mercado do futebol atual é muito mais rico. * O Paysandu jamais pagou a qualquer dos seus grandes ídolos o que paga a Nicolas e Robinho, os salários mais caros, superados somente pelo Hélio dos Anjos. Importante observar que o clube está em equilíbrio financeiro, honrando compromissos e investindo na infraestrutura. É o período de maior bonança na vida do Papão. * Remo terá 10 dias de intervalo do jogo de hoje para o próximo, contra o ABC, dia 26, em Natal. Esse período será importantíssimo para Rodrigo Santana ajustar o time. Também por isso, uma vitória sobre o Ypiranga criaria no Baenão uma atmosfera muito favorável à tão esperada decolagem. Assine O Liberal e confira mais conteúdos e colunistas. 🗞 Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱 Palavras-chave carlos ferreira carlosferreira colunas coluna futebol paraense futebol clube do remo remo paysandu Paysandu COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA Carlos Ferreira . Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo! Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é. Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos. Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado! ÚLTIMAS EM CARLOS FERREIRA Carlos Ferreira Entenda! Com mais três vitórias, Remo garante acesso 23.10.25 11h00 Carlos Ferreira Se subir, Leão pode superar o Papão em mais de R$ 100 milhões em 2026 22.10.25 10h49 Carlos Ferreira Papão, pelo menos a dignidade 21.10.25 10h42 Carlos Ferreira Guto Ferreira, o técnico de futebol que veio do vôlei 19.10.25 7h00