Que diferença faz um bom CT? Carlos Ferreira 26.01.25 8h00 CT de Remo e Paysandu. (Márcio Nagano e Thiago Gomes/Arquivo O Liberal) Vila Nova, CSA e Mirassol são clubes com Centros de Treinamento (CT) recentes. Estão estruturados com tudo o que os profissionais do futebol precisam no dia a dia em um mesmo espaço. Remo e Paysandu também possuem CTs, mas os estádios Curuzu e Baenão são seus principais patrimônios. Os CTs de Leão e Papão, no entanto, ainda são arremedos. Em um CT completo, atletas, comissão técnica e outros profissionais do futebol chegam pela manhã, trabalham, recebem assistência à saúde física e mental, almoçam, têm momentos de lazer, se recolhem para repouso e voltam ao trabalho, sempre em condições dignas. Só deixam o local no final do expediente. O Centro de Treinamento é a sede da empresa de futebol e faz toda a diferença nos resultados em competições e na revelação de talentos. Remo e Paysandu ainda caminham, com grande atraso, para alcançar essa sonhada realidade. A defasagem é o preço que pagam pela resistência insensata aos avanços do futebol. Uma cidade em domingo mágico Uma cidade de 46 mil habitantes vivenciou um domingo singular e mágico. Augusto Corrêa, localizada a 19 quilômetros de Bragança, experimentou a visibilidade e o envolvimento emocional que só o futebol pode proporcionar. O Caeté, adotado pela cidade, enfrentou o Clube do Remo pelo campeonato estadual na inauguração do estádio municipal. Um evento histórico! Obviamente, o Leão tinha a autoridade de favorito, mesmo jogando como visitante. O Caeté, movido pela honra, buscou se superar e surpreender. Baixinhas Talvez por prudência, o Remo não está mobilizando o marketing para promover a camisa 33 de Felipe Vizeu. A ideia parece ser esperar que o atacante se estabeleça como artilheiro e demonstre potencial para se tornar ídolo, para só então fomentar a venda da camisa alusiva ao tabu de 33 jogos imposto ao Paysandu. O Paysandu adota a mesma conduta com a camisa 77, alusiva ao 7 x 0 aplicado no Remo, vestida por Rossi. O atacante, principal aposta do clube neste início de temporada, precisa de tempo para entrar em forma e alavancar o potencial de vendas da peça especial. A camisa oficial do Paysandu custa R$ 329,00 nas lojas do clube, enquanto a do Remo está anunciada por R$ 259,99. Embora sem dados concretos de mercado, Papão e Leão estão entre os clubes que mais vendem camisas no país. Em 2014, o projeto "Camisa 33", lançado na contratação de Eduardo Ramos, rendeu ao Remo mais de um milhão de reais. O clube vendeu 11 mil unidades de uma edição limitada. O sucesso, porém, foi menor do que o esperado, pois Eduardo Ramos não correspondeu em campo, a ponto de a camisa 33 ser retirada. Onze anos depois, a iniciativa retorna com Felipe Vizeu. Em 2013, o Paysandu apostou na volta de Iarley, também como estratégia de marketing, mas os resultados não foram satisfatórios. Ídolo do clube em 2003 e destaque na Libertadores, Iarley voltou a vestir a camisa 7 bicolor no final da carreira, com desempenho muito abaixo do esperado, o que impactou negativamente no marketing. Bira (Remo) e Darío (Paysandu), com sua irreverência e muitos gols, impulsionaram o campeonato estadual de 1979 e fizeram marketing de excelência quando nem se falava em marketing na região. Nas provocações e demonstrações de amizade veiculadas pela imprensa, funcionaram como autênticos "arrasta-povo". Dá para imaginar o sucesso que Bira e Darío teriam hoje na venda de camisas? Naquela época, porém, nem publicidade havia nas camisas de Leão e Papão. Os clubes eram sustentados basicamente pelas bilheterias, que hoje ocupam o terceiro ou quarto lugar entre as fontes de receita. Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱 Palavras-chave esportes futebol jornal amazônia remo paysandu colunas carlos ferreira COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA Carlos Ferreira . Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo! Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é. Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos. Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado! ÚLTIMAS EM CARLOS FERREIRA Futebol Tem que sofrer para aprender e reagir? 11.02.25 8h00 Carlos Ferreira Remo em vergonha sem desculpa; Paysandu com gramado em alerta 07.02.25 10h18 Carlos Ferreira Mais de 400 mil litros de água sugados no Mangueirão 06.02.25 7h00 Carlos Ferreira Lições para bicolores e azulinos 05.02.25 7h00