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CARLOS FERREIRA

Jornalista, radialista e sociólogo. Começou a carreira em Castanhal (PA), em 1981, e fluiu para Belém no rádio, impresso e televisão, sempre na área esportiva. É autor do livro "Pisando na Bola", obra de irreverências casuais do jornalismo. Ganhador do prêmio Bola de Ouro (2004) pelo destaque no jornalismo esportivo brasileiro. | ferreiraliberal@yahoo.com.br

Parazão Verde no ano da COP

Carlos Ferreira

Por força da Conferência Mundial do Clima (COP 30), evento da ONU, em novembro de 2025, Belém já virou centro das atenções do mundo. No último domingo a coluna alertou para a importância de a Federação, os clubes do Pará e o governo estadual colocarem o futebol nesse contexto. Que tal pensar num Parazão Verde? 

Este colunista tem o esboço de um projeto que poderia ser abraçado e incrementado pelo Comitê da COP para gerar um legado de educação ambiental através do futebol. Consiste num selo verde nas camisas dos times do Parazão mediante compromissos de práticas ambientais, a ser renovado ou não, dependendo do cumprimento, conforme avaliação do próprio Comitê e de uma instituição especializada.

Como contrapartida, os clubes se mostrariam engajados ao mercado. Perspectiva de patrocínio de grandes empresas interessadas em capital ambiental. Isso funciona!

Comunicação com as camadas populares 

O futebol é o canal ideal para a comunicação do tema com a massa. E a COP precisa deixar de ser assunto exclusivo de quem é ou se acha elite.

Os clubes e a FPF têm papel a cumprir, inclusive por serem patrocinados pelo governo estadual, anfitrião da COP. Além disso, o futebol da Amazônia não pode perder a oportunidade de se posicionar nesse evento da Organização das Nações Unidas.

BAIXINHAS

* O selo verde e as práticas ambientais podem mobilizar as torcidas e gerar resultados de relevância imediata. Algumas ações, pelos diferenciais, podem pautar a grande imprensa do país e ganhar repercussão internacional.

* Que tal, em todos os jogos do Parazão, cada atleta entrar em campo com uma muda de árvore? Seria uma ação televisiva e de potencial também para as redes sociais e jornalismo digital. As mudas se destinariam à arborização das cidades do campeonato.

* Ao avaliarem possíveis novos parceiros, as grandes empresas começam pela associação de marcas. Relevância nas questões sócio-ambientais é um item muito importante para o mercado das multinacionais, por exemplo. O selo verde pode funcionar como credencial.

* Cada árvore da ação do Parazão poderia ser batizada com o nome de um importante ex-jogador. Melhor ainda se todas fossem plantadas numa mesma área que viesse a ser o parque ambiental e memorial do futebol, na região metropolitana. Eis um interessante legado da COP.

* O futebol pode popularizar o Comitê da COP e provocar atenção do povo para o evento da ONU, que tem sido assunto de poucos e restrito à questão da infraestrutura. Gerar uma nova consciência e novos comportamentos de todas as camadas sociais locais é o que daria melhor sentido ao mega evento na nossa região. 

* Para a educação ambiental alcançar as pessoas menos esclarecidas e as crianças, o futebol pode dar grande contribuição com o seu imenso poder de comunicação. Por isso, algumas ações, como palestras, seriam oportunas também nas competições de base. 

* Através da Funtelpa e do Banpará, o governo estadual investe cerca de R$ 10 milhões no Campeonato Paraense e mais R$ 3 milhões no "naming rights" dos estádios de Remo e Paysandu. Com esses números, na condição de patrocinador, como pode o governo não contar com os clubes e FPF na mobilização pela COP?

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Carlos Ferreira
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