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CARLOS FERREIRA

Jornalista, radialista e sociólogo. Começou a carreira em Castanhal (PA), em 1981, e fluiu para Belém no rádio, impresso e televisão, sempre na área esportiva. É autor do livro "Pisando na Bola", obra de irreverências casuais do jornalismo. Ganhador do prêmio Bola de Ouro (2004) pelo destaque no jornalismo esportivo brasileiro. | ferreiraliberal@yahoo.com.br

O que vi e vivi em 40 anos de imprensa esportiva

Carlos Ferreira

No final de agosto de 1981, este colunista dava os primeiros passos como repórter da Rádio Rauland em Castanhal. Na época, o Remo havia tirado o técnico João Avelino do Paysandu e o levou com o elenco para um churrasco em Apeú, numa chácara, pertinho da Rádio. Fui incumbido de gravar entrevistas. Na hora, travei de tanto nervosismo. João Avelino foi muito gentil. Me acalmou e consegui gravar com ele e com alguns jogadores, como Duarte e Mesquita.

Naquele campeonato estadual houve uma travessia dupla. O Remo demitiu Gerson dos Santos e tirou João Avelino do rival. Gerson dos Santos foi campeão pelo Papão.

Quatro décadas de transformações

Nos seus diversos aspectos, dentro e fora de campo, o futebol teve grandes transformações nas últimas quatro décadas. No Pará, porém, a adesão às mudanças só ocorreu depois de muita resistência.

Por comodismo e limitações, nossos clubes resistiram à compreensão e exploração do marketing, da Lei Pelé, do Estatuto do Torcedor, à gestão profissional, enfim. Em pleno 2021, clubes paraenses ainda vivem a transição da "era" dos cartolas para a "era" dos dirigentes. Os clubes! Porque a Federação segue no antigo padrão da politicagem acima das suas funções.

BAIXINHAS

* A pandemia está testando a capacidade dos clubes na aplicação de soluções alternativas. No Pará, o governo estadual, que é patrocinador há 14 anos, foi extremamente parceiro neste período sem bilheteria.

* Independente do apoio governamental, os clubes reagiram bem. O Remo e o Castanhal estão conseguindo honrar compromissos, ampliar e melhorar a estrutura, e conquistar mais destaque. O Paysandu sente mais o impacto, principalmente nas finanças, mas segue mostrando a sua força.

* Faço essas observações sobre os nossos principais clubes nesta crise sanitária (e econômica) pela convicção de que seriam inviabilizados se a pandemia viesse 15 anos antes no caso do Papão ou 8 anos antes no caso do Leão.

* No Brasil afora, alguns clubes já acusam estragos causados pela pandemia, como o Brasil de Pelotas, adversário do Remo na última sexta-feira (27). Outros estão retardando os estragos, enquanto tentam amenizá-los. Em breve, o pós-pandemia ficará bem evidente.

* No Pará, o pós-pandemia terá como símbolo a Arena Mangueirão, que está em obras enquanto o futebol rola sem público. Inauguração prevista para setembro de 2022, com 51 mil lugares.

* O pós-pandemia será também o meu pós-40 anos de profissão. Uma trajetória que vai seguir com o mesmo compromisso de causar reflexões, debates e novas atitudes. Afinal, é assim que a roda gira em desenvolvimento, em qualquer atividade. 

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Carlos Ferreira
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