O que vi e vivi em 40 anos de imprensa esportiva Carlos Ferreira 29.08.21 6h00 No final de agosto de 1981, este colunista dava os primeiros passos como repórter da Rádio Rauland em Castanhal. Na época, o Remo havia tirado o técnico João Avelino do Paysandu e o levou com o elenco para um churrasco em Apeú, numa chácara, pertinho da Rádio. Fui incumbido de gravar entrevistas. Na hora, travei de tanto nervosismo. João Avelino foi muito gentil. Me acalmou e consegui gravar com ele e com alguns jogadores, como Duarte e Mesquita. Naquele campeonato estadual houve uma travessia dupla. O Remo demitiu Gerson dos Santos e tirou João Avelino do rival. Gerson dos Santos foi campeão pelo Papão. Quatro décadas de transformações Nos seus diversos aspectos, dentro e fora de campo, o futebol teve grandes transformações nas últimas quatro décadas. No Pará, porém, a adesão às mudanças só ocorreu depois de muita resistência. Por comodismo e limitações, nossos clubes resistiram à compreensão e exploração do marketing, da Lei Pelé, do Estatuto do Torcedor, à gestão profissional, enfim. Em pleno 2021, clubes paraenses ainda vivem a transição da "era" dos cartolas para a "era" dos dirigentes. Os clubes! Porque a Federação segue no antigo padrão da politicagem acima das suas funções. BAIXINHAS * A pandemia está testando a capacidade dos clubes na aplicação de soluções alternativas. No Pará, o governo estadual, que é patrocinador há 14 anos, foi extremamente parceiro neste período sem bilheteria. * Independente do apoio governamental, os clubes reagiram bem. O Remo e o Castanhal estão conseguindo honrar compromissos, ampliar e melhorar a estrutura, e conquistar mais destaque. O Paysandu sente mais o impacto, principalmente nas finanças, mas segue mostrando a sua força. * Faço essas observações sobre os nossos principais clubes nesta crise sanitária (e econômica) pela convicção de que seriam inviabilizados se a pandemia viesse 15 anos antes no caso do Papão ou 8 anos antes no caso do Leão. * No Brasil afora, alguns clubes já acusam estragos causados pela pandemia, como o Brasil de Pelotas, adversário do Remo na última sexta-feira (27). Outros estão retardando os estragos, enquanto tentam amenizá-los. Em breve, o pós-pandemia ficará bem evidente. * No Pará, o pós-pandemia terá como símbolo a Arena Mangueirão, que está em obras enquanto o futebol rola sem público. Inauguração prevista para setembro de 2022, com 51 mil lugares. * O pós-pandemia será também o meu pós-40 anos de profissão. Uma trajetória que vai seguir com o mesmo compromisso de causar reflexões, debates e novas atitudes. Afinal, é assim que a roda gira em desenvolvimento, em qualquer atividade. Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱 Palavras-chave colunas coluna carlosferreira carlos ferreira futebol esportes futebol futebol remo paysandu jornal amazônia COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA Carlos Ferreira . Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo! Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é. Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos. Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado! ÚLTIMAS EM CARLOS FERREIRA Carlos Ferreira Papão da imposição contra o Avaí da superação 03.05.24 6h00 Carlos Ferreira Pressão! Remo passa a usar linguagem que jogadores entendem 02.05.24 6h00 Carlos Ferreira Paysandu e Remo: um mau começo que nega a lógica 01.05.24 6h00 Carlos Ferreira Não é e nem poderia ser só futebol 28.04.24 6h00