O que está por trás da gangorra dos nossos clubes? Carlos Ferreira 21.05.24 6h00 Sofrimento e pressão para achar o rumo; glórias, soberba e perda de rumo. Isso faz a gangorra dos nossos clubes, entre céu e inferno. Estamos vendo claramente esse cenário. O Paysandu foi ao céu na conquista do acesso e no título estadual, mas desceu ao purgatório nesse começo de Série B. Está entre desconfiança e esperança da torcida. O Remo é um caso para estudo. Com tudo para decolar, não consegue nem desatolar. Mudam os atores, repete-se o roteiro dos desacertos e frustrações. A troca de técnico gera uma nova esperança. O Águia exemplifica bem a gangorra nesta temporada. Foi do inferno ao céu e voltou ao inferno nos últimos três meses. E nesse descrédito vai encarar o São Paulo quinta-feira, pela Copa do Brasil, no Morumbis. O Cametá, pelo menos, deu sinal de que pode se redimir. Como resolver? Não haverá estabilidade e crescimento enquanto não houver nos gestores uma mentalidade profissional, isenta dos movimentos de "oba-oba" ou de "terra arrasada". As decisões, em geral, são muito emocionais. Não há nada mais elementar em gestão do que serenidade, conhecimento, autoridade e fidelidade a um bom projeto. Não é o que vemos nos nossos princípios clubes, cujas mazelas de gestão são refletidas em campo. Agora sob pressão, vão reagir em algum momento. É quando o "lixo" vai virar luxo e produzir a soberba que o fará voltar a ser "lixo", na interminável gangorra. BAIXINHAS * Gustavo Morínigo deixa o Remo exatamente como recebeu, há dois meses e meio: sem identidade, sob descrença, sob pressão, em crise. Até que o paraguaio viveu alguns bons dias no Baenão, mas se perdeu claramente. Não deixa a menor saudade. * Paysandu com 25 cartões em seis jogos. Cinco foram vermelhos. Dos 20 amarelos, 17 foram de atletas, dois do técnico e um do auxiliar-técnico. Yeferson já foi suspenso por cartão vermelho. Agora, ele e Bryan Borges estão suspensos por amarelos. * Ao reanimar a torcida com a atuação razoável e empatar com o Amazonas, em Manaus, o Paysandu garantiu casa cheia contra o Vila Nova, amanhã, na abertura da decisão da Copa Verde. O título da CV seria um gás e tanto para o time decolar na Série B. * Passado um terço da primeira fase da Série C, o Remo está três pontos acima da zona do rebaixamento e três pontos abaixo da zona de classificação (Caxias, primeiro da Z4, só fez dois jogos). Ainda não é situação para desespero, mas, com o ridículo futebol que está jogando, é deprimente. * Volante/meia castanhalense Igor Henrique, 32 anos, não joga pelo Vila Nova contra o Paysandu. Ele foi recontratado dias depois do fechamento do prazo de inscrições na CV. Deverá enfrentar o Papão na Série B, na 19ª e na 38ª rodadas. * Infarto e morte do atleta Afonso Rossa, de 19 anos, do Águia de Marabá, reacende questionamentos sobre monitoramento da saúde cardíaca dos atletas de alto rendimento e dos meros esportistas. O registro de contrato dos profissionais depende de documentos de testes cardíacos. * Testes cardíacos impõem custos pesados para os clubes mais pobres. Será que isso é cumprido à risca. Já foram feitas denúncias da produção de documentos sem os devidos testes em algumas regiões do país. Denúncias que não avançaram. Assine O Liberal e confira mais conteúdos e colunistas. 🗞 Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱 Palavras-chave carlos ferreira colunas coluna futebol paraense clube do remo remo paysandu Paysandu Águia de Marabá futebol esportes COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA Carlos Ferreira . Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo! Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é. Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos. Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado! ÚLTIMAS EM CARLOS FERREIRA Carlos Ferreira Quantas decisões cada atleta toma num jogo de futebol? 14.12.25 7h00 Futebol Remo, 13° clube do país em bilheteria 12.12.25 10h42 Carlos Ferreira Cantillo, agora ou nunca 11.12.25 10h57 Carlos Ferreira Papão, o rei da instabilidade 10.12.25 11h17