CARLOS FERREIRA

Jornalista, radialista e sociólogo. Começou a carreira em Castanhal (PA), em 1981, e fluiu para Belém no rádio, impresso e televisão, sempre na área esportiva. É autor do livro "Pisando na Bola", obra de irreverências casuais do jornalismo. Ganhador do prêmio Bola de Ouro (2004) pelo destaque no jornalismo esportivo brasileiro. | ferreiraliberal@yahoo.com.br

No futebol, a lei é "manda quem pode, obedece quem fica no prejuízo"

Carlos Ferreira
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Manda quem tem, obedece quem fica no prejuízo

Lei de mercado! Jogador que fecha negócio com clube abaixo da sua expectativa impõe cláusula no contrato para liberação imediata, sem custos, para o exterior ou para clubes nacionais de divisão superior. Clubes que dizem “não” restringem o leque de opções. É assim: manda quem tem mais grana, obedece quem fica no prejuízo.

Em 2003 essa cláusula liberatória ainda era uma novidade na nossa região quando Yarlei se desligou do Paysandu e assinou com o Boca Juniors. O Papão esperneou, a torcida se revoltou, mas a liberação gratuita e automática do ídolo era inevitável. Agora a cláusula já é compreendida, até porque também há favorecimentos. Foi assim, por exemplo, que o executivo do Remo, Luciano Mancha, rompeu o vínculo com o River/PI, em dezembro, e veio para Belém.   

 

Wallacer saindo sem ter dito a que veio

Wallacer serviu-se do Remo para a pré-temporada e viaja pronto para a Indonésia, graças a uma cláusula contratual que previa liberação imediata para o exterior. O meia teve passagem tão discreta quanto meteórica pelo Leão. Era titular, mas sai sem deixar saudade, até  porque não teve tempo para dizer a que veio. Assim mesmo, é prejuízo para o clube que investiu na sua preparação básica. Assim, Wallacer repete o que fizeram os zagueiros Brinner em 2016 e Alex Moraes em 2018, que também passaram pouquíssimo tempo no Leão e saíram para o exterior.

O Paysandu também teve perdas assim nos últimos anos, mas bem dolorosas: o meia Fernando Miguel e o atacante Cassiano. O meia saiu, em 2017, depois de um problema especial em Belém, mas favorecido pela cláusula contratual. O atacante, em 2018, foi embora assumidamente por dinheiro.   

 

BAIXINHAS

* A revelação feita pela coluna de que o azul marinho, cor do Remo, é homenagem dos seus fundados ao Rei Unido (Inglaterra, Escócia, Irlanda do Norte e País de Gales) inspirou alguns remistas a propor que o clube dê conhecimento do fato à Família Real. A missão seria da Topper, fornecedora de material esportivo.

* Além de usar o mesmo azul do Reino Unido, o clube paraense adotou o nome do Rowing Club, que significa clube de remo em inglês. O Rowing Club era uma potência inglesa nas competições de regata quando o Leão nasceu. 

* Também ganha corpo no Leão Azul a ideia de resgatar a primeira camisa do clube no futebol (1913), com listras horizontais, para vestir o Remo B na próxima Segundinha, que também deve ter o Paysandu B. Pelo menos é o que admitem os presidentes Fábio Bentes e Ricardo Gluck Paul. A questão será estudada junto à FPF.

* Re-Pa dos parabéns. Considerando que os dois rivais fizeram aniversário neste início de mês, o leitor desta coluna Antônio Carlos Salles propõe que os dois clubes promovam ação de saudação mútua no clássico do próximo dia 17. Bola levantada para os homens de marketing. É oportunidade para uma ação digna de repercussão nacional.

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