Nessas duas semanas, tempo perdido ou tempo ganho?

Por trás das mazelas há sempre algo de bom. O atraso de duas semanas (ou mais) Parazão, pela novela jurídica, incomoda a todos, tem algum impacto nas finanças dos clubes, provoca acúmulo de jogos lá na frente, mas permite às equipes a pré-temporada ideal, com todas as etapas, inclusive de amistosos. Isso terá reflexo de performance durante toda a temporada. Então, esse atraso é tempo perdido ou tempo ganho? 

Se o campeonato começar mesmo no próximo dia 4, sábado, como imaginamos, o Remo terá cumprido uma pré-temporada de sete semanas, com direito a um jogo-treino e três amistosos. O Paysandu, 38 dias de trabalho e três amistosos. Os demais, um mês. Assim mesmo, todos vão estrear com problemas, sejam físicos, técnicos ou burocráticos.

Esperança cá, desespero lá

Bragança e Paragominas, duas cidades tomadas pela ansiedade e pelas discussões sobre o julgamento da próxima terça-feira no STJD. Como o assunto é muito complexo para leigos, o debate comporta todas as opiniões. O STJD vai decidir se o Bragantino permanece no Parazão ou será substituído pelo Paragominas.

Restará para outra sessão do Tribunal, o julgamento de recurso em processos  movidos pelos atletas Guga (Águia) e Hatos (Bragantino), que no TJD conseguiram a anulação de suas penas. Essa anulação esvazia a denúncia do Paragominas, a ser julgada na terça-feira. Ou seja, a novela ainda vai ter outros desdobramentos, até completar essa "Travessia".

BAIXINHAS

* Importante na decisão da Copa Verde, mesmo em recomeço, Ricardinho vai confirmando na pré-temporada o enriquecimento do time bicolor com o seu talento. Nos amistosos estão partindo deles as principais jogadas, inclusive os três gols, em dois escanteios que cobrou e um passe que resultou em pênalti.

* No Remo o toque de talento é de Soares. O meia é a figura criativa do Leão, com passes que colocam os atacantes em vantagem sobre os adversários. É intrigante ver que aos 25 anos Soares ainda não decolou no futebol. Uma de suas limitações é a baixa dinâmica nas funções de recomposição e combate.

* Naylhor, que completa 36 em junho, mantém-se ao lado de Genílson na zaga do Paysandu, aproveitando o fato de Bocanegra ter chegado por último e em elevado déficit físico. No amistoso de domingo ele vai enfrentar a Tuna, que o trouxe para Belém na temporada passada.

* Vila Japiim, nome proposto pela coluna para o Estádio/CT do Castanhal, vai ser a segunda praça esportiva particular do clube na história do Campeonato Paraense. Em 1975 e 1976 o Japiim jogou no seu estádio Péricles Guedes de Oliveira, onde agora funciona a Ceasa na cidade modelo.

* Outros clubes do interior que jogaram o Parazão no estádio particular: Abaeté, Izabelense, Santa Cruz de Cuiarana e o metropolitano Pinheirense, de Icoaraci. Este ano passa a ser o caso também do Itupiranga, com o estádio Jaime Sena Pimentel.

* Amanhã, no aniversário de Castanhal (91 anos) o Japiim abre o seu complexo esportivo ao público para o amistoso contra o Tapajós, às 10 horas. Uma grande glória patrimonial do Castanhal, clube de 1924, portanto oito anos mais antigo que o município.

* Além de Castanhal x Tapajós, também estão programados amistosos do Caeté em Capanema e do Independente em Tucuruí contra a seleção de Breu Branco. Domingo, Paysandu x Tuna, Cametá x Remo, Águia x Bragantino.