CARLOS FERREIRA

Jornalista, radialista e sociólogo. Começou a carreira em Castanhal (PA), em 1981, e fluiu para Belém no rádio, impresso e televisão, sempre na área esportiva. É autor do livro "Pisando na Bola", obra de irreverências casuais do jornalismo. Ganhador do prêmio Bola de Ouro (2004) pelo destaque no jornalismo esportivo brasileiro. | ferreiraliberal@yahoo.com.br

Especialistas indicam tendência para os clubes no pós-pandemia

Carlos Ferreira

Analistas da conjuntura econômica do futebol são unânimes em afirmar que atletas da base serão desafogo dos clubes de futebol no pós-pandemia, principalmente os clubes de altos custos para suas condições financeiras, como Remo e Paysandu.

Frutos da base reduzem a folha salarial, elevam o comprometimento com as causas do clube e dão perspectivas de venda. Por isso, deverão ser fundamentais no pós-pandemia. Leão e Papão, porém, deixam muito a desejar como formadores, como vitrine e em matéria de vocação. De qualquer forma, devem ter clareza da tendência de cenário. 

 

Transição da base para o profissional, um problema crônico 

"O nosso problema crônico, nevrálgico, é a transição. O momento de sair das divisões de base e chegar ao time profissional. Este é o grande ponto". A afirmação é de Júnior Chávere, que assume o comando da base do Atlético Mineiro credenciado por sucesso feito na Juventus da Itália, São Paulo e Grêmio. Uma referência internacional nesse trabalho.

Trazendo a observação de Chávere para a realidade paraense, o problema crônico está na falta de estrutura e de visão no processo de formação dos jogadores. A falta de meios facilitadores na transição é o agravante. Em geral, os atletas que sobem da base não chegam a jogar no primeiro ano, por vários déficits: fisiológicos, técnicos, táticos, psicoemocionais...

 

BAIXINHAS

* Zagueiro Keven, campeão paraense pelo Remo aos 18 anos, em 2019, com 11 jogos e um um gol, voltou de Portugal sem jogar uma única partida pelo Paços de Ferreira. O atleta é vinculado ao Mirassol/SP e deve disputar o próximo campeonato brasileiro de aspirantes. Para isso, está sendo cedido a um clube da Série A. 

* Keven foi a principal revelação do Parazão no ano passado. O elenco teve que vendê-lo a um grupo de investidores (70% dos direitos por R$ 600 mil), porque o contrato terminaria pouco tempo depois, e o atleta não admitiu renovar. Uma lesão o atrapalhou em Portugal, onde foi figura nula no Paços de Ferreira. 

* De volta para o Paysandu, o volante maranhense Wyliam fez cinco jogos pelo Aparecidense/GO, onde cumpriu empréstimo. Só um jogo ele disputou integralmente. O meia Alan Calbergue volta depois de 13 jogos pelo Aymoré/RS e quatro pelo Marília/SP. O Papão pode e deve inscrevê-lo para o restante do Parazão. 

* Um jogador do Paysandu com ótimas credenciais, mas ainda desconhecido é o lateral direito Netinho. Chegou no fim de janeiro, após duas temporadas de sucesso na Suécia, mas só jogou dez minutos pelo Papão, contra o Remo. É uma esperança para o pós-pandemia, embora Tony tenha se firmado como titular. 

* No Remo, o lateral Dudu Mandai, que ainda não estreou, e o meia Carlos Alberto, que ainda não reestreou, são os jogadores com potencial para reforçar o time no recomeço de atividades. Eduardo Ramos já reapareceu animando a torcida e também será arma importante, se quiser.

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