CARLOS FERREIRA

Jornalista, radialista e sociólogo. Começou a carreira em Castanhal (PA), em 1981, e fluiu para Belém no rádio, impresso e televisão, sempre na área esportiva. É autor do livro "Pisando na Bola", obra de irreverências casuais do jornalismo. Ganhador do prêmio Bola de Ouro (2004) pelo destaque no jornalismo esportivo brasileiro. | ferreiraliberal@yahoo.com.br

Dois "nãos" infelizes de Remo e Paysandu

Carlos Ferreira
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São tantos os erros dos nossos clubes dizendo "sim" em contratações, ao longo do tempo, que vale a pena relembrar dois erros muito lamentáveis que cometeram dizendo "não". Em 2007, quando era executivo do Remo, Sérgio Papelim conseguiu no Fortaleza a liberação do  atacante Osvaldo, de 20 anos. O Remo não quis. Osvaldo estourou no Fortaleza e depois no São Paulo. No mesmo ano o Paysandu recusou o volante Ralf do Imperatriz. Três anos depois o atleta era titular do Corinthians, após passagens por XV de Baú, Gama, Noroeste e Barueri.

Osvaldo foi rejeitado por ser muito jovem e não ter história no futebol. Ralf foi recusado por ter "nome de cachorro", como alegou o dirigente do futebol na época. Osvaldo e Ralf, que não serviram para a dupla Re-Pa, chegaram à Seleção Brasileira.

 

Leão: perrengue e glória em 1979

Para a decisão do título estadual de 1979, o Remo passou duas semanas treinando em Santa Izabel, de onde só saiu horas antes do jogo. O ônibus "pregou" em plena BR 316. O técnico Paulo Amaral proibiu os atletas de fazerem esforço empurrando o ônibus. Isso implicou em tempo perdido e muito estresse. Torcedores que viajavam de Castanhal para o estádio salvaram a pátria. Com a força deles  o ônibus funcionou.

O atraso se agravou com engarrafamento no trânsito. Os azulinos conviveram com o risco de W x O. Chegaram em cima da hora, já desembarcaram uniformizados, nem esqueceram direito. Assim mesmo, venceram por 2 x 1 e conquistaram o tricampeonato.

 

BAIXINHAS

* O Paysandu jogava pelo empate, na decisão de 1979, e fez 1 x 0 com Lupercínio. O Remo empatou com Luis Augusto, virou com Bira e festejou o tri. Foi um campeonato empolgante, que teve os artilheiros Bira e Darío como grandes protagonistas, pelos muitos gols e pela irreverência.

* Como a coluna antecipou há dez dias, mudaram os números do patrocínio do Banpará para os quatro representantes paraenses no Campeonato Brasileiro. Antes, R$ 1,3 milhão. Agora, R$ 2,4 milhões, sendo R$ 1 milhão para o Paysandu, o mesmo para o Remo, R$ 400 mil para o Bragantino e o mesmo para o Independente. 

* Como os patrocínios do Remo (Banpará, Funtelpa e Extrafarma) estão comprometidos com a Justiça do Trabalho, advogados azulinos já trabalham pela definição da margem a ser retida e a parte a entrar na conta do clube, da cota de R$ 1 milhão. 

* Nomes que surgem nos noticiários do Remo: Zé Carlos (37 anos), Marlon (faz 35 em setembro), Daniel Costa (32) e Lucas (31).  Considerando-se que na retomada das competições deve haver até três jogos por semana, vale a pena ter um time envelhecido? Eis a questão!

* Quem fala o nome de Darío (rei Dadá) em Abaetetuba ouve logo que lá ele não conseguiu fazer o prometido "gol cachaça". Foi em agosto de 1979. O Papão venceu a seleção abaetetubense por 2 x 0, em amistoso, com gols de Patrulheiro e Nilson Diabo. Mas o goleiro Minga virou herói na cidade por não permitir que Dadá cumprisse a promessa.

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Carlos Ferreira
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