Técnico do Remo, o perfil que restringiu; Paysandu e a quebra do encanto
Quando o Remo foi ao mercado para contratar o substituto de Daniel Paulista, prevaleceu a opinião de quem queria técnico da Série A. Isso restringiu o leque de opções. Veio Antônio Oliveira, embora não fosse um nome aceito por críticos e torcedores. Dez jogos sem avanços na performance e até com alguns recuos deram força à corrente contrária.
Sempre muito festejado, com méritos irrefutáveis, Marcos Braz tem Antônio Oliveira como erro reiterado na sua conta, por contratá-lo e por bancar a sua a permanência. A cada jogo fica mais clara a desarrumação do time, muito lento e errante na iniciação de jogo, perdido ao correr pra trás na "recomposição". Isso implica em desgastes físico e emocional acima do normal, cansaço excessivo, cãibras e outras consequências.
A posição honrosa na tabela prova que o Remo tem as peças, embora não tenha a engrenagem.
Quebrado o encanto?
O Paysandu já esbanjava confiança, até a derrota para o Vila Nova. Em Chapecó, o rendimento e o resultado passaram a ideia de quebra do encanto. O Papão entra num momento crucial no campeonato, que exige a retomada daquele espírito de competitividade máxima dos primeiros jogos sob comando de Claudinei Oliveira.
Domingo, contra o Operário, na Curuzu, a vitória será uma questão de volta para os eixos ou risco de perder o rumo, pela pressão que viria. O fato é que o Papão se empobrece à medida que Maurício Garcez é anulado por marcação implacável. Fica a esperança de nova luz na tão esperada volta de Rossi.
BAIXINHAS
* Se o Remo cumpre a elementar periodização de treinos, a má performance física também cai na conta de Antônio Oliveira. Resistência é uma valência trabalhada em campo, conforme a intensidade dos treinos. Preparador físico responde pelos trabalhos de academia: força e potência. É assim no futebol atual.
* Não por acaso, as incidências de cãibras têm afetado os atletas da linha de zaga. Foram os casos de Natan Santos, William Klaus, Camutanga, Reynaldo, Kayky Almeida e Sávio. Eles são muito sacrificados pela desorganização defensiva, correndo para trás desordenadamente, nos contra-ataques derivados de erros de passe do próprio time azulino, geralmente mal posicionado.
* Thaysse Gomes, psicóloga do Paysandu, vira peça vital nesta semana em trabalho de direcionamento mental. Líderes como Thiago Heleno, Ricardo Henrique, Leandro Vilela e Rossi também têm papel a cumprir no psicológico dos colegas.
* Operário, próximo adversário do Paysandu, é o 14° colocado com 26 pontos, apenas quatro pontos acima da zona do rebaixamento. Se o Papão vencer, chega a 24 e já encosta no Operário. Isso valoriza mais ainda o confronto, domingo, 16 horas.
* Pedro Rocha novamente suspenso, agora por cartões amarelos. Não enfrenta o Coritiba no sábado, 16 horas, em Curitiba. Diego Hernandez, que causou boa impressão na estreia, deve ser acionado desde o início. Cantillo segue fora, por lesão. Provável que Jaderson seja mantido como substituto.
* Jorge Benitez, alta expectativa na chegada e baixíssimo resultado até agora. O atenuante do paraguaio é o que fez no primeiro Re-Pa da decisão do Parazão: um gol e um pênalti que ensejou outro. A rigor, na legião estrangeira bicolor, o argentino Novillo é o único caso de sucesso.
* Atacante Eduardo Melo e o meia Yago Ferreira se integrando ao elenco do Remo como apostas de Marcos Braz. Com eles o Leão Azul vai chegar a 37 jogadores contratados para esta temporada, oito a mais que o Paysandu.
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