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Papão vai de força mental e cumplicidade

Carlos Ferreira

Pelo sofrimento inicial, pela demonstração de força na reação e pela assistência psicológica de Thaysse Gomes, os bicolores ganharam força mental e cumplicidade no esforço para tirar o Papão da zona do rebaixamento. Há uma onda de sentimentos positivos na Curuzu, a ser enfrentada amanhã pelo Atlético Goianiense, que também vive um bom momento na Série B.

Se o Atlético Goianiense comemora o crescimento, o Paysandu celebra as perspectivas. Mesmo que vença, o Papão tem poucas chances de sair da Z4 já nesta rodada. Mas, no mínimo, a conquista de mais três pontos engatilha a saída, que a cada dia se torna mais iminente. E se um empate seria lamentável, uma derrota seria um balde de água fria. Isso mede a importância do jogo.

Leão em série de confrontos diretos

Depois do Cuiabá, é a vez da Chapecoense. Depois, vêm Novorizontino, Avaí e Goiás. O Remo está em uma sequência de confrontos diretos com times muito próximos ou dentro do G4, até o fechamento do primeiro turno. Vida difícil para o Leão Azul!

A Chape está atrás do Remo (dois pontos a menos) e vê no jogo deste domingo a chance de bater à porta do G4. O time catarinense está entusiasmado. O Leão está movido pelo compromisso de pontuar e reafirmar seu potencial para o G4. A rigor, os dois times se equivalem. Mas, enquanto o Remo vem dando sinais de evolução na consistência defensiva, a Chapecoense mantém sua marca de "time da emoção", com um dos melhores ataques (19 gols) e uma defesa instável (15 gols sofridos, média de um por jogo). Se bem que os números do Remo não estão muito distantes: marcou 17 e sofreu 13. O jogo promete...!

BAIXINHAS

  • Que o Paysandu está em ascensão, ninguém discute. O time, que antes sofria muitos gols, fechou a porteira: sofreu apenas um nas quatro partidas da reação. E mesmo tendo marcado apenas quatro gols na "era Claudinei", ainda possui um dos ataques mais pobres do campeonato, com apenas nove gols — à frente apenas do Volta Redonda, pior ataque da Série B, com sete.
  • Chapecoense x Remo é o duelo entre os dois times mais disciplinados da Série B, segundo o ranking da ESPN, que atribui um ponto para cada cartão amarelo (o Remo tem 35) e um para cada vermelho (a Chape tem um vermelho e 31 amarelos). O Paysandu aparece com 36 amarelos e um vermelho.
  • A preparação do Atlético Goianiense para enfrentar o Paysandu teve um privilégio: nove dias de intervalo entre a vitória sobre o CRB e o confronto em Belém. O técnico Fábio Matias aproveitou para aprofundar os trabalhos de correção e aprimoramento, confiando na evolução da equipe.
  • Claudinei Oliveira completou, nesta semana, o primeiro mês de trabalho no Paysandu — e já promoveu grandes transformações. Deu ao time um comando firme e à torcida, motivos para confiar. Assim, construiu uma energia redentora no clube, a ser testada em mais um jogo tenso, com ares de decisão.
  • Ytalo (que foi para o ABC), Felipe Vizeu, Matheus Davó, Adailton e Marrony são os atletas que o Remo já utilizou como centroavante nesta temporada. Marrony ainda não pode ser julgado — até por não ser da posição —, mas todos os outros ficaram devendo. Isso justifica a busca do Remo por um “homem-gol” no mercado.
  • Maurício Garcez não teve espaço no Juventude sob o comando do técnico Fábio Matias, que agora dirige o Atlético Goianiense. O atacante do Paysandu tem um motivo extra para reafirmar seu valor amanhã, como vem fazendo em todos os jogos com a camisa bicolor.
  • Há grande expectativa pela estreia do colombiano Victor Cantillo no Remo, contra a Chapecoense. Cantillo chegou com grande cartaz, mas quem vem se destacando nos treinos é o também volante Nathan Camargo, jovem de 19 anos emprestado pelo RB Bragantino, que atuava pelo Guarani na Série C.
  • Provavelmente indicado por Nicolas, o goleiro Axel Lopes, do Águia, foi avaliado, aprovado e contratado pelos analistas de desempenho do Criciúma. A transferência é um prêmio para o atleta e um prejuízo para o Águia de Marabá, que perde uma peça importante na acirrada luta por classificação na Série D.