Números atuais indicam acesso com 62 pontos
O número mínimo indicado nas projeções estatísticas para o acesso é de 63 pontos, com base em campeonatos anteriores. Mas os dados desta Série B, nas 35 rodadas, estão indicando acesso até com 62 pontos.
O quarto colocado, Athletico Paranaense, com 56 pontos, tem 53,3% de aproveitamento. Por margem de segurança, elevando esse percentual para 54,3% na projeção das 38 rodadas, o número revelado é 62. Isso quer dizer que seria muito provável o acesso do Remo com mais quatro pontos dos nove que vai disputar nos três próximos sábados.
O jogo mais decisivo para o Leão Azul será o do próximo sábado, no interior de São Paulo, contra o Novorizonte, o concorrente que mais incomoda. Afinal, pode tirar o clube paraense de G4 na rodada se for o vencedor.
Os novos passos do Papão
Em cada departamento, uma comissão gestora. Esse é o novo modelo de administração do Paysandu. No futebol, os vice-presidente Márcio Tuma e Diego Moura vão trabalhar com Alberto Maia e Icaro Serene nas decisões e Vandick Lima numa espécie de gerência. São novas pessoas com novas ideias produzindo perspectivas.
O discurso de chegada com sonoro “não” para atraso de salários, para técnicos sem expressão e para jogadores que não honrem a camisa. Ótimo aos ouvidos dos torcedores! Então que o grupo arregace as mangas e resgate a confiabilidade do clube no mercado, assim como a competitividade do time. Que apague a caricatura de 2025 e devolva à torcida o prazer de ser bicolor com um Paysandu digno em 2026. A missão é desafiadora.
BAIXINHAS
* A investida do Paysandu no técnico Marcelo Fernandes, campeão da Série C com a Ponte Preta, mesmo que não resulte em contratação, já valeu como indicativo de mentalidade vencedora. Marcelo Fernandes, que foi zagueiro do Remo em 1993, foi lembrado para técnico do Leão em 2023 e teria o craque paraense Giovanni como auxiliar, mas os azulinos optaram por Marcelo Cabo.
* Se no Remo há uma grande ansiedade pelo acesso à Série A, para uma volta à primeira prateleira nacional depois de três décadas, no adversário não é diferente. O clube, que tem apenas 15 anos de história, está disputando esse acesso pela terceira temporada consecutiva.
* É no jogo aéreo é está a principal virtude defensiva e ofensiva do Novorizontino. O Leão Azul só não vai enfrentar uma atmosfera mais pesada porque o adversário não tem força de torcida. A média do clube paulista neste campeonato é de apenas 1.493 ingressos vendidos, por mando de jogo.
* Com 81 cartões amarelos e dois vermelhos, o Remo é o time mais disciplinado da Série B no ranking da ESPN. O ranking contabiliza um ponto para cada amarelo e três pontos para cada vermelho. Régis, por briga enquanto aquecia, em Goiânia, contra o Goiás, e Pedro Rocha no jogo contra a Ferroviária em Belém, receberam os dois únicos cartões vermelhos do Leão Azul no campeonato.
* Respostas a questionamentos sobre os dados divulgados ontem na coluna sobre acessos e rebaixamentos. Em 1989 o Remo subiu à Série B quando avançou à segunda fase de um campeonato atípico. E na semifinal decidiu acesso à Série A, mas perdeu para o Bragantino/SP. Em 2000 o Remo subiu à Série A, mas foi sacado pela CBF em virada de mesa que rendeu questão judicial.
* Em 1992 o Papão foi "lanterna" da 1a divisão, mas escapou favorecido por uma virada de mesa. Em 1999 o Paysandu foi rebaixado à Série C, mas o rebaixamento foi anulado na guerra de bastidores protagonizada pelo Gama. Em 2000, em vez de campeonato brasileiro, tivemos Copa João Havelange.
* Os bastidores conspiraram contra o Papão em 2016, quando foi campeão da Copa Verde, festejou acesso à Copa Sul-Americana, mas foi barrado pela CONMEBOL. Mesma situação do Santa Cruz, campeão da Copa do Nordeste. Foi quando os campeões das duas copas passaram a entrar na terceira fase da Copa do Brasil.
* Thallyson não joga mais pelo Paysandu. Como não poderia jogar contra o Coritiba, impedido por cláusula contratual, já está voltando para o clube de origem. O empréstimo ao Papão foi bom para o atleta, bom para o clube paraense e bom também para o Coritiba, que recebe o seu atleta amadurecido.
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