Mudança de mentalidade fez o salto do Leão
O acesso é resultado de um processo. O Remo cumpriu etapas para avançar da Série D para a Série A em 10 anos. O clube evoluiu no sofrimento, em situações humilhantes, venceu o enrosco das dívidas trabalhistas, melhorou muito as estruturas física e organizacional. Na atual gestão, operou-se a mudança de mentalidade no futebol azulino.
Com Sérgio Papelim, já foram impostas condutas mais profissionais no Baenão. Marcos Braz elevou as normas para funcionários, atletas, comissão técnica e até dirigentes estatutários. O funcionamento profissional foi o fato mais decisivo na mudança de patamar do Leão Azul. Na Série A, a nova mentalidade e as novas condutas serão associadas a avanços na estrutura física, sobretudo no Centro de Treinamentos. Está formatado um novo Clube do Remo.
A mentalidade precisa virar cultura
Tal como nas empresas, também nos clubes de futebol a cultura organizacional é a base do sucesso. A mentalidade vitoriosa promovida no Baenão por Marcos Braz, com larga contribuição de Guto Ferreira, precisa virar cultura do clube, para ser mantida e desenvolvida independente de quem esteja na gestão.
A Série A 2026, que já vai começar em janeiro, é orgulho que vai virar desafio para os azulinos. É hora de o clube se engrandecer e se estabelecer na principal prateleira do futebol brasileiro. O Remo subiu ainda no clima da COP30 para ser o representante da Amazônia, fadado a ter grande repercussão internacional. Esse é o melhor momento da história centenária do clube azulino.
BAIXINHAS
• Como era a mentalidade no Baenão? Muito faz de conta, política do "quebra galho", falta de autoridade e o oportunismo de gente que mais se servia do servia do que ao clube. O presidente Antônio Carlos Teixeira deu autonomia ao gestor profissional do futebol, e Marcos Braz executou à risca. Essa foi a virada!
* Era comum no Remo jogadores serem paparicados por dirigentes, se perderem em farras e inimizades no elenco ditadas por vaidades. Foi nessas circunstâncias, por exemplo, o rebaixamento em 2021. No Remo de 2025 não houve o menor espaço para esse tipo de conduta.
* Antônio Carlos Teixeira era diretor de futebol no acesso à Série A em 1992; era presidente da Junta Governativa no acesso de 2000, anulado nos bastidores da CBF; era vice-presidente no acesso e título da Série C em 2005; vice-presidente no acesso à Série B em 2020; presidente nos acessos à Série B de 2024 e à Série A de 2025. Reinado inquestionável!
* Voltar logo à Série B vira obstinação para o Paysandu. É natural que haja urgência. É imperioso tomar decisões acertadas nesse momento de reestruturação. Mas os bicolores precisam agir dentro da sua realidade, sem permitir que a rivalidade e a inferioridade diante do Remo sejam determinantes.
* Júnior Rocha é o técnico em quem o Paysandu aposta todas as fichas para 2026, no processo de reconstrução do futebol. Trata-se da primeira contratação do executivo Marcelo Sant'Ana no projeto cujo maior objetivo é o retorno à Série B.
* Leão de Nazaré! Além do título estadual e do acesso à Série A, também foi marcante no Remo de 2025 a expressão de fé em Nossa Senhora de Nazaré. Na festa do acesso, domingo, referências à padroeira com cenas históricas que caracterizaram bem o Leão de Nazaré.
* Castanhal na Copa do Brasil, a confirmar. O Remo já tinha vaga pelo Parazão. Como passou a ter vaga como integrante da Série A, o Japiim deve ser confirmado como herdeiro. Também estarão na próxima Copa do Brasil a Tuna, o Águia e o Bragantino. Leão (Série A) só entra na quinta fase. O Papão (Copa Verde) entra em campo na terceira fase.
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