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Leão, quem disse que seria fácil?

Carlos Ferreira

Em tese, o acesso vem com mais cinco (ou quatro) pontos nas três últimas rodadas. A missão até poderia parecer fácil, se a vitória sobre a Chape não tivesse escapado no último lance. A questão agora é como o time azulino vai reagir ao frustrante empate. 

Sábado, Leão Azul em Novo Horizonte contra o Novorizontino, que ontem empatou em 2 x 2 com o America Mineiro e está na quinta posição, com 56 pontos, dois a menos que o Leão Azul. Desfalcado de Caio Vinícius e Diego Hernandez, suspensos, o Remo terá que render o seu máximo para pontuar e seguir em alta nessa disputa de acesso. O Coritiba está a um passo da Série A. As outras três estão entre Chapecoense, Remo, Athletico Paranaense, Novorizontino e, menos cotados, Criciúma e Goiás. Jornadas carregadas de emoções estão vindo por aí.

Papão, um campeão de oscilações no século

Campeão da Série B em 2001, campeão da Copa Norte 2 e Campeão dos Campeões em 2002, 9° da Libertadores 2003, um acesso à Série A e três acessos à Série B. Mas o Papão tão glorioso neste século também foi capaz de amargar cinco rebaixamentos, um à Série B e quatro à Série C.

Há explicação para tamanha oscilação? Com certeza, sim. O clube não definiu o seu perfil, nem projeto. A cada gestão toma o rumo que o ego e vontades dos gestores aponta. Não há continuidade dos acertos e o Paysandu se alterna entre esforços para corrigir e teimosia em cometer novos desatinos, geralmente sob aplausos dos cegos de paixão. Lembremos que o Papão volta à Série C pela insistência em pecados que já o haviam colocado em risco nas duas temporadas anteriores. 

BAIXINHAS

* A coluna chamou atenção algumas vezes para o fato de que todos os times que tiveram sprint, na Série B, sofreram ressaca e queda de rendimento. O Remo segue em alta nos resultados, mas nos últimos cinco jogos (Athletico PR, Paysandu, Athletic, Cuiabá e Chape) perdeu intensidade e sofreu pressão no segundo tempo. 

* O que também reforça a evidência é a boa resposta nas substituições, que o técnico Guto Ferreira vem administrando com base nos indicadores estatísticos da fisiologia. Isso exige superação aos limites, sobretudo no segundo tempo, e esse é claramente o espírito do time azulino. 

* Ignácio Neto no lugar de Márcio Fernandes. No cumprimento de tabela, contra Coritiba, Amazonas e Athletic, o Papão deve ter mais frutos da base no time, além do volante Pedro Henrique, que já vem jogando. O zagueiro Lucca já entraria mesmo, pelo impedimento de Thallyson, que é atleta cedido pelo Coritiba. 

* Paysandu no Campeonato Brasileiro desde 1973. São 19 edições na Série A, 18 na Série B (dois títulos) e 14 na Série C. Em números gerais, os acessos são cinco (1991, 2001, 2012, 2014, 2023) e rebaixamentos são sete (1989, 1995, 2005, 2006, 2012, 2018, 2025).

* O Remo está no seu 50° campeonato brasileiro. Tem 16 campanhas na A, 22 na B, 8 na C (um título) e 4 na D. O Leão disputa o seu sétimo acesso. Subiu em 1989, 1992, 2005, 2015, 2020 e 2024. E sofreu cinco rebaixamentos, em 1994, 2004, 2007, 2008 e 2021. Foi uma vez campeão e três vezes vice brasileiro. 

* Crédito para a equipe no NASP (Núcleo Azulino de Saúde e Performance) e para a conduta rigorosamente profissional de Marcelo Rangel. Em apenas duas semanas o goleiro passou por cirurgia no joelho, se recuperou e voltou a jogar. Todos os aplausos! 

* Guarani de Campinas está levando o zagueiro bicolor Maurício Antônio para a temporada 2026. Outro com destino definido é o lateral azulino Pedro Costa, que vai para o Santa Cruz. 

* Voltas que a bola dá! Preterido pelo presidente Roger Aguilera no início da gestão, Vandick Lima à direção do futebol do Paysandu volta com Ícaro Sereni e Alberto Maia, para botar a casa em ordem.