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Leão paga pecados no finalzinho

Carlos Ferreira

Derrota em condições cruéis. Gol tomado no último minuto. Uma derrota (2 x 1) que castigou o Remo por mais uma atuação pífia. Time em baixa intensidade, sem competitividade, que teve a sorte de empatar aos 44 do segundo tempo, mas não teve a capacidade de garantir pelo menos um ponto. 

Novamente, o Leão Azul foi irritante pelos muitos erros de passe e pela incapacidade de pressionar o adversário em qualquer parte no campo. Time apático e desconexo. Tudo observado por Guto Ferreira, que percebeu a necessidade de intensificar treinos para aumentar a rotação do time. Como vem jogando, o Remo chegaria às últimas rodadas brigando para não cair. Menos mal que Guto Ferreira tem 10 jogos pela frente para botar a casa em ordem e poupar a torcida de situações dramáticas na reta final. 

Onde o Papão errou? 

Poderes excessivos para um executivo em dessintonia com o técnico e falta de um projeto de futebol no clube; contratações pouco criteriosas, principalmente de estrangeiros; elenco em quantidade insuficiente de atletas para o calendário; compromissos não honrados... Como agravante ao "planejamento" mal elaborado, o Paysandu ainda sacrificou a pré-temporada ao precipitar a estreia dos muitos recém-contratados na disputa da inexpressiva Supercopa Grão Pará. Erro básico! 

No meio do caminho, o êxito na Copa Verde pesou na sobrecarga de jogos. A CV terminou com título, ilusões, muitas lesões e implicou em péssimo começo de Série B. Daí pra frente, tudo foi consequência na cascata de problemas. O Papão abriu o caminho de volta para a Série C e passou a buscar atalhos para a salvação. 

BAIXINHAS

* Enquanto houver possibilidade matemática de evitar o rebaixamento, "jogar a toalha" seria covardia. Mas o cenário na Série B, mesmo com dez rodadas pela frente, também recomenda pensar no que fazer no doloroso realinhamento financeiro, em se confirmando a queda. 

* Para um clube que já funciona com as contas no vermelho, antecipando receitas do ano seguinte, o encolhimento do orçamento e do calendário na Serie C é um duro castigo. Só um mega milagre tira o Papão dessa enrascada, a começar por vitória sobre o embalado Criciúma em Santa Catarina.

* O Criciúma é o refúgio perfeito de Alisson, Borasi e Nicolas. O goleiro veio para o Papão este ano, fez um estudo do ambiente e logo tomou a decisão de voltar para o Tigre catarinense. Borasi não quis renovar contrato. Também tomou a decisão de sair. Nicolas buscou paz na transferência e voltou a ser produtivo. Esses três casos dizem muito sobre o Papão.

* Somente 10 jogos na temporada, só seis pelo Remo. Vitor Cantillo já veio pro Remo sob um compromisso do clube de dosagem na sua utilização para evitar lesão, por ser um recomeço. Apesar dos cuidados, o colombiano está sem jogar há um mês e meio, lesionado. Talvez fique pronto para o jogo de domingo contra o CRB. 

* CRB vem muito vivo

* Leandro Vilela, Thiago Heleno e Anderson Leite lesionados, Rossi e Bryan Borges suspensos. Desfalques no Paysandu para o confronto com o Criciúma. Enquanto o Papão não vence há onze, o Criciúma não perde há sete jogos. 

* Clubes começam a definir os seus técnicos para o Parazão 2026. A Tuna contratou o paulista Rodrigo Fonseca, que estava no futebol capixaba. O Bragantino garantiu Mathaus Sodré, campeão estadual com o Águia. E o clube de Marabá contratou Júlio Cesar, ex-Tuna e Manaus.