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Leão de Oliveira: copo meio cheio ou meio vazio?

Caio Maia

Na gestão de Antônio Oliveira, o Remo tem uma vitória, um empate, uma derrota, dois gols marcados e dois sofridos. Avaliar o trabalho apenas por esses números seria ignorar as circunstâncias e o processo de construção.

Nas circunstâncias, estão a transição para novos conceitos, novas ideias de jogo, o encaixe de novas peças e a adaptação dos atletas. No processo, as etapas para estabelecer um time dentro da formatação e do modelo de jogo. Além disso, há a gestão de pessoas. Antônio Oliveira está claramente fazendo o trabalho político de conquista do elenco e de todo o entorno.

O Leão de Oliveira pode parecer um copo meio cheio pela melhora do sistema defensivo, ou meio vazio pela piora na produção ofensiva. O trabalho em si parece promissor.

O Papão na vida de Gabriel Mesquita

Aos 26 anos, o alagoano Gabriel Mesquita já foi campeão brasileiro da Série B pelo Cruzeiro, mesmo na reserva. É muito respeitado no Guarani, com 59 jogos em duas passagens, e tem a credencial de ter sido formado na ótima escola de goleiros do Athletico Paranaense. Mas agora, no Paysandu, vive a fase mais promissora da carreira, pelo destaque que está ganhando numa vitrine de Série B. O Papão pode se tornar um divisor de águas na vida desse atleta.

Grande (1,97m), técnico e arrojado, Gabriel Mesquita ganhou a primeira chance antes do que poderia imaginar — e estava preparado. Já fez alguns "milagres" que o tornaram uma arma do Papão na urgente missão de deixar a zona do rebaixamento.

BAIXINHAS

  • O argentino Titi Ortiz, que está em vias de transferência do Sport Recife para o Remo, tem motivo para se sentir intrigado. Daniel Paulista quis trazê-lo para o time azulino, mas não o quis no time rubro-negro. Antônio Oliveira, por sua vez, não quis contar com ele no Sport — e agora o espera como solução para o Remo.
  • Kadu no Botafogo. O Remo o emprestou por um ano, com opção de compra de 80% dos direitos por 950 mil dólares — na cotação atual, cerca de R$ 5,2 milhões. A vinda do zagueiro Kawan é outro negócio: o atleta foi cedido ao Remo de graça, com o Botafogo bancando integralmente o salário.
  • Apesar de muito recentes no Papão, o zagueiro Thalisson e o volante Anderson Leite já estão pendurados com cartões amarelos. Isso tem a ver com um time em superação, pela bravura. Também está pendurado o atacante Rossi, cuja volta ao time é muito esperada.
  • A elevada fadiga muscular de Pedro Rocha implica em um grande desfalque para o Leão Azul no confronto com a Chapecoense. Marrony é o candidato natural à vaga, com possibilidade também para Matheus Davó. Pedro Rocha entrou em campo nos 15 jogos do Leão nesta Série B — 27 na temporada.
  • O paraense Giovanni Augusto, referência técnica da Chapecoense aos 35 anos, é o rei das assistências na Série B: tem cinco passes para gol e fez o dele. Giovanni não veio a Belém para o jogo contra o Paysandu, clube onde começou e que o vendeu ao Atlético Mineiro ainda como atleta da base.
  • A CBF está liberando R$ 700 mil para melhorias no gramado e em outras dependências do estádio da Tuna, além de R$ 300 mil para o "estadinho" do Castanhal e outros R$ 300 mil para o Diogão. Ricardo Gluck Paul (CBF e FPF) fez ontem as visitas e a comunicação formal.
  • Vai durar 54 dias a janela de transferências aberta hoje. O Remo vai legalizar o volante Cantillo, o zagueiro Kawan e o lateral-direito Nathan Santos, mais nova contratação, além dos nomes que ainda serão anunciados. O Paysandu tem contratações engatilhadas e trata de resolver o transfer ban junto à FIFA para poder fazer os anúncios.