Em Criciúma, duas marcas à prova
Quando Paysandu e Criciúma se enfrentaram em Belém, na 10a rodada, foi duelo do último com o penúltimo colocado. Desde então, o Papão somou mais 18 e o time catarinense conquistou mais 40 pontos. Para o reencontro o Paysandu segue na lanterna e o Criciúma está no G4.
O jogo de domingo vai envolver duas marcas. O ascendente Criciúma está invicto há sete rodadas. O Paysandu não vence há onze rodadas. Esses dados resumem as duas realidades e justificam o favoritismo do time catarinense, que terá estádio cheio e entusiasmo sobrando. Os bicolores jogam pela bandeira da dignidade, ainda com esperança matemática de atingir a proeza de evitar o rebaixamento, por mais improvável que seja.
Débito e crédito de Marcos Braz
A torcida do Remo não tem ideia do que o executivo Marcos Braz já acrescentou ao clube em avanços organizacionais e novas posições no mercado do futebol. O trabalho já produziu negócios vantajosos e abriu boas perspectivas comerciais. Nisso está o crédito. Mas o executivo azulino debitou muito com suas contratações improdutivas, com o agravante de escolher e insistir com o técnico Antônio Oliveira, para um fracasso previsível. É disso que todos vão lembrar.
Os "gols contra" de Marcos Braz tiraram o Remo da rota do acesso, rota essa que até pode ser retomada, mas é muito improvável. O cenário atual recomenda a prioridade de chegar aos 45 pontos da permanência na Série B e encaminhamento do projeto para 2026, que deve ter a continuidade do trabalho de Guto Ferreira. Espera-se!
BAIXINHAS
* Apesar de ter quase a mesma pontuação alcançada na 28a rodada de 2021, quando foi rebaixado, o Remo vive agora uma realidade diferente. Tem um ponto a mais, tem um elenco unido e responsável (em 2021 havia o grupo dos boêmios e o grupo dos compromissados) e está numa troca providencial de comando.
* O que não mudou foi a postura da alta direção. Em 2021, omissão diante das irresponsabilidades. Em 2025, olhos fechados para as estatísticas da fisiologia, enquanto o time perdia intensidade física na desastrosa "gestão" técnica de Antônio Oliveira. Time só joga em alta intensidade quando treina intensamente.
* Na sua cascata de problemas, o Paysandu perde Leandro Vilela para o restante da temporada. Lesão grave deve implicar em cirurgia. O time bicolor perde uma referência técnica. E o lateral PK está de saída sem deixar a menor saudade.
* Dos contratados pós Transferban, Ramon Vinicius não agradou, mas jogou 65 minutos contra o América. João Marcos esteve em campo por 26 minutos contra o Goiás. Denilson oito minutos: sete contra América e um contra o Goiás. Carlos Eduardo, o primeiro dos quatro a chegar, nem estreou. Não está rendendo nem nos treinos.
* Se houve um nome positivo no Remo contra o Volta Redonda foi Jânderson. O atacante entrou muito aceso e criou algumas situações de perigo, como na jogada que resultou em pênalti e gol. Jânderson só precisa querer para ser útil.
* Kadu, emprestado pelo Remo até o final desta temporada, é titular do sub 20 do Botafogo. O clube carioca fez constar no contrato a opção de compra de 80% dos direitos econômicos do lateral direito, por cerca de R$ 1 milhão. Pelo que está produzindo e desenvolvendo, é provável que o atleta seja comprado.
* As mais pífias contratações do Paysandu na temporada: atacante Eliel insuperável. Uma lástima! PK, Espinoza, Wendel Júnior, Delvalle, Peterson e André Lima pífios. Benítez só funcionou num Re-Pa do Parazão e Cavalleri na decisão da Copa Verde. Dos recém-contratados, Denilson e Ramon Vinicius opacos, João Marcos inodoro e Carlos Eduardo imperceptível, tanto que ainda não foi acionado.
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