Copa Verde, em números um fiasco
A Copa Verde sempre pagou cotas irrisórias. Ano passado, o campeão (Remo) levou apenas R$ 150 mil. Nas primeiras edições, dava acesso à Copa Sul-Americana, depois às oitavas de final da Copa do Brasil, agora à terceira fase da Copa do Brasil. Murchando ano a ano, desta vez é um fiasco também nas estatísticas de público. Cerca de 15 mil ingressos vendidos em 16 jogos, até agora. Nos bons tempos, vimos jogos da CV com mais que o dobro desse atual total geral.
Para maior empobrecimento, até mesmo as ações educativas de sustentabilidade sumiram da Copa Verde. O título em disputa praticamente se resume a uma questão de honra para Paysandu, São Raimundo, Vila Nova e Brasiliense. Mas essa honra terá curta validade. A não ser que o campeão torne-se bi, no fechamento da próxima CV, em abril.
Papão e Leão absolutos nas arquibancadas
Nesta Copa Verde, o Vila Nova tem média de 2.277 pagantes e o Paysandu 1.952. Números ridículos para a força desses clubes. A competição de cotas paupérrimas vem sendo inexpressiva também nas bilheterias. Pelos menos para Paysandu x São Raimundo, sábado, há expectativa de casa cheia na Curuzu.
Até o ano passado, nas oito edições da CV, Papão e Leão foram absolutos em matéria de público. O Paysandu teve melhor média em 2016, 2017, 2018 e 2019. O Remo em 2014, 2015 e 2021. Na edição de 2020, jogos com portões fechados, por causa da pandemia.
BAIXINHAS
* Muito festejados nas melhores fases do Papão na temporada, José Aldo e Marlon são agora muito criticados, por baixo empenho e queda de desempenho. Ao mesmo tempo, Dioguinho cresce de cotação e pode barrar um dos dois pernambucanos.
* Em 15 minutos, Ricardinho mostrou contra o São Raimundo quanto é acima da média. Reapareceu jogando mais próximo da área e carimbou a trave ao concluir uma jogadaça individual. Terá que haver paciência na volta gradativa de Ricardinho, que ainda tem lenha pra queimar, além de talento para encantar.
* Drenagem no campo principal do CT do Remo abrange 80% do gramado, em obras comandadas pelo agrônomo e ex-jogador Mesquita. Além do gramado, várias outras dependências estão ganhando melhorias recomendadas pelo técnico Marcelo Cabo.
* Desde o início das obras do Mangueirão, foi projetada a reinauguração para setembro, a ponto de serem alimentadas expectativas de jogo da Seleção Brasileira antes da Copa. Agora, a reabertura do estádio é para seis meses depois da previsão inicial: março, com o primeiro Re-Pa do Parazão 2023.
* Ainda assim, ficarão pendências no Mangueirão, como o Museu do Futebol Paraense, que está no projeto, mas vai demandar demoradas etapas de trabalho, das pesquisas às instalações.
* Transmissões da TV Cultura vão elevar o tom da Segundinha na decisão do título, no próximo domingo (9h30) em Belém e no sábado em Cametá. Os cametaenses vão poder testemunhar a finalíssima no Parque do Bacurau. Os santarenos terão a televisão
como solução.
* Dado Cavalcanti, o técnico do Paysandu nos dois títulos, é o mais vitorioso da Copa Verde. Um título para Luis Carlos Souza (Brasília), Júnior Rocha (Luverdense), Fernando Marchiori e Marcelo Chamusca (Cuiabá), Vilson Tadei (Brasiliense) e Eduardo Batista (Remo).
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