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Tudo 'normal' no Papão até aqui

Abner Luiz

Talvez nem internamente acreditavam que nessas três primeiras rodadas da Série C o Paysandu faria os três pontos que fez. O Paysandu vive, em plena Série C, uma transição de treinador e jogadores. Não tem como uma equipe que foi desclassificada do Parazão ter outro resultado. Um terrível início de Série C e com um agravante: a terrível formação de um elenco que não inspira confiança alguma. De um grupo já inchado, o Paysandu terá que urgentemente contratar. Está prometido que só ocorrerão dispensas após o segundo jogo da decisão da Copa Verde. Até lá, a conta só irá aumentar. E os resultados, virão?

Um avião com defeitos no ar

De janeiro até o momento, o Paysandu trocou o executivo de futebol, contratou e dispensou jogadores, trocou de treinador, foi desclassificado no Parazão, tomou seis gols em dois jogos do Fluminense e parece que ainda não estreou na Série C, como o torcedor gostaria. Chegou na final da Copa Verde em um confronto regional com o Remo e o que foi festa no dia, com os méritos todos para o treinador Márcio Fernandes, o treinador foi demitido. Aí fica a pergunta que não quer calar: qual a chance de dar certo? Perder dois jogos fora de casa no começo da Série C não é maior problema. O problema maior é levar de 5 a 0, somando mais dois gols na partida anterior.

Ceju pede socorro

O espaço que a FIFA doou para a FPF como um centro de treinamentos acabou servindo como espaço para disputa da base e profissionais, principalmente na Segundinha. Além de espaço para se jogar pelada, com taxa para a FPF. O espaço jamais recebeu manutenção nos três gramados de grama artificial e o campo de grama natural está impraticável. A borracha dos gramados sintéticos quase já não existe e o sub-20 está sendo jogado no tapete, com cimento por baixo. A estrutura de vestiários é péssima e as goteiras tomam conta do espaço que é chamado de cabine. É um espaço totalmente insalubre e de risco para todos.

Apito final.

Talvez por não poder usar seu goleiro contratado, o Paysandu ainda entre em campo em Cametá, com o Thiago no gol. Não existe mais clima para o jovem goleiro bicolor manter a sua titularidade na Série C.

Remo hoje precisa se virar nos 30 para conseguir 3 pontos dentro de casa. Vamos saber hoje se o Marcelo Cabo já entendeu o que é Série C. Essa desculpa que o treinador só conhece Série A e B é algo bizarro no futebol paraense.

É inaceitável assistir o executivo de futebol encher a boca e comemorar vitórias contra times de menor investimento. Esse discurso não cabe para a Série C, a prova disso é o time ainda não ter vencido de ninguém.

Não recordo se na história do Paysandu, de mais de 100 anos, alguma diretoria tomou mais goleadas, até para o rival, em dois anos e quase cinco meses. Isso não pode ser só obra do acaso, não. A instituição não merece tal “feito”.

Abner Luiz