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Círio 2022: romeiros percorrem BR-316 rumo à Basílica de Nazaré, em Belém; vídeo

Os grupos contaram com os pontos de apoio durante o percurso. Nesses lugares, eles podem parar para beber água, comer, descansar e receber atendimentos médicos

Fabyo Cruz

Há menos de uma semana para o Círio 2022, romeiros do nordeste paraense começaram a ser vistos, na manhã desta terça-feira (4), caminhando pela rodovia BR-316 com destino à Basílica Santuário de Nazaré, em Belém. Com boné na cabeça, ataduras nos pés e muita disposição, 17 devotos do município de Santa Maria do Pará saíram da cidade, às 3h, com a missão de caminhar 115 km até a capital.

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Eles fazem parte do grupo Unidos Pela Fé, que todos os anos realiza a caminhada antes do Círio. “O que nos move é a . Cada um aqui tem um propósito, uma promessa, e a fé é maior para cada um de nós conseguir chegar lá, e que dê tudo certo”, contou a romeira Samara Pardal, 32 anos, que trabalha como autônoma. A previsão é que eles cheguem em Belém nesta sexta-feira (7), disse a integrante da turma.

Romeiros unidos

Para a jornada, ela foi acompanhada de alguns familiares, entre eles, o pai, o aposentado Carlos Pardal, 63 anos. Ele contou que tudo foi organizado pela Família Pardal em um grupo no WhatsApp. Quem tem vontade de fazer a caminhada para pagar uma promessa, mas não tem apoio, foi aceito pelo grupo, contou o idoso. O devoto de Nossa Senhora de Nazaré lembra que começou a peregrinação com o genro e um neto para agradecer uma graça alcançada.

image O grupo Unidos Pela Fé, saiu de Santa Maria do Pará rumo à Basílica de Nazaré, em Belém (Thiago Gomes/O Liberal)

“A história é longa, mas basicamente foi um familiar que, com 11 anos de idade, ficou em cadeira de rodas. Fiz uma promessa, me peguei com Nossa Senhora, e coloquei ele na igreja. Hoje ele só não pôde vir porque está no trabalho. Então, tudo isso é a fé ou alguma graça que alguém recebeu aqui e veio pagar a penitência”, explicou Carlos Pardal. O grupo conta com os pontos de apoio durante o percurso, que são lugares onde os romeiros podem parar para beber água, comer, descansar e receber atendimentos médicos.

Pontos de apoio

Esses lugares, na sua maioria, são propriedade de outros devotos ou pessoas que simplesmente querem ajudar os romeiros de alguma forma, e ainda contam com parcerias de órgãos públicos e comunidades. O empresário Adécio Aguiar, 33 anos, reside em Castanhal, e, neste ano, decidiu caminhar até Belém para pagar uma graça alcançada. Para descansar e receber alguns curativos, ele parou em um ponto de apoio em Santa Izabel do Pará.

“Eu fiz uma promessa de saúde, já tem dois anos que ela foi alcançada. Sai às 7h15 de casa, minha família me deu bastante força, falaram para eu ir devagar, ir parando, para conseguir chegar. Minha tendência é chegar, e Nossa Senhora vai me ajudar. Devo chegar amanhã em Belém, por volta das 12h. Depois vou retornar para Castanhal porque tenho uns afazeres, preciso trabalhar no sábado, mas vou participar do Círio de Castanhal”, contou o devoto.

O local em que Adécio parou foi o sítio da aposentada Rita Nunes, 75 anos, na BR-316, que recebe romeiros há oito anos. Ela diz que abrigar romeiros era um sonho que só virou realidade com o apoio do grupo Amor e Fé, de Belém, e da comunidade Areia Branca, de Santa Izabel do Pará. “Esse sonho quem realizou foi Deus e Nossa Senhora através dessas pessoas. Isso tudo é feito com amor, solidariedade, a coisa mais linda do mundo. Estou muito comovida porque não tínhamos nada essa semana, se você vê as farturas que tem, é demais, e cada vez mais vem chegando, isso me comove”, disse a idosa.

Uma das pessoas a quem Rita se refere é a senhora Alba Ferreira, 61 anos, do grupo Amor e Fé. Alba contou que a parceria começou quando ela percebeu que o sítio de Rita poderia ser um ótimo ponto de apoio para ajudar os romeiros por conta da localização. Foi então que as duas conversaram, ajudaram os devotos, e acabaram criando um laço de amizade para além da época de Círio. Alba diz que tudo ali é doação, desde água, alimentos e até ventiladores.

A tecnóloga em radiologia Yana Pinheiro, 33 anos, é a doadora de um dos ventiladores. Ela faz parte de um grupo de romeiros de Castanhal, que há dez anos faz a caminhada rumo a Belém. Eles já foram recebidos por  Rita e Alba, em anos anteriores. Yana disse que havia prometido doar o eletrodoméstico ao saber da necessidade de doações para o local. “Todo ano a gente vem para aqui. Ano passado, ela [Rita] me disse que precisava de ventilador, aí meu pai disse que iríamos trazer, e hoje trouxemos”, comentou.  

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