Círio Fluvial 2025 deve contar com 250 embarcações; veja as regras para participar
A expectativa é que 250 embarcações realizem a inscrição para participação na Romaria Fluvial
Mais de 400 militares da Marinha do Brasil atuarão no Círio Fluvial deste ano, que deverá contar com 250 embarcações. Pelo 25º ano consecutivo, o Navio Hidroceanográfico “Garnier Sampaio” conduzirá a Imagem peregrina de Nossa Senhora de Nazaré. Um dos principais objetivos da Marinha é coibir a superlotação para, assim, evitar acidentes na romaria fluvial. Esses e outros detalhes foram divulgados, pela Marinha do Brasil, na manhã desta terça-feira (23).
Em entrevista à imprensa foram apresentados detalhes da portaria que promulga as regras de segurança para as embarcações que participarão do Círio Fluvial 2025, que vai ocorrer dia 11 de outubro. O evento também marcou o lançamento do concurso de ornamentação náutica promovido pela Secretaria de Estado de Turismo (Setur), voltado às embarcações regularmente inscritas e inspecionadas pela Capitania dos Portos da Amazônia Oriental (CPAOR). As inscrições para participação no Círio Fluvial 2025 já estão abertas e podem ser feitas gratuitamente até o dia 3 de outubro.
O vice-Almirante Adriano Marcelino Batista, comandante do 4º Distrito Naval, disse que a preparação para o Círio Fluvial começa muitos meses antes da data oficial. “A Marinha já tem uma certa experiência acumulada ao longo dos anos. Esse é o 38º Círio Fluvial e sempre fomos aprimorando os procedimentos”, disse. “As reuniões com órgãos de segurança pública, principalmente Polícia Militar e Corpo de Bombeiros, e a coordenação do Círio se iniciam em abril.
Essas ações são planejadas durante um longo período e, ao final, elas se concluem com a execução do Círio”, disse. O vice-almirante Batista reforçou que todos os participantes devem seguir as recomendações da Capitania dos Portos: “Só embarque nas embarcações que efetivamente passaram por um processo de inscrição e estão autorizadas a participar. Verifique se ela tem a bandeira, que só é concedida após a inscrição e, posteriormente, verificação da segurança dessa embarcação. Certifiquem-se também da presença de equipamentos de segurança, como coletes e guarda-corpos. São preocupações simples e básicas, mas que todo fiel, ao entrar a bordo, deve verificar”, disse.
“E, em caso de se sentir inseguro, ou notar que algumas delas não foram atendidas, nos avisar prontamente através do telefone 185 e a gente vai tomar as medidas necessárias”, disse. O comandante destacou que o Círio é “um dia de emoção e fé”, mas que a segurança é prioridade absoluta: “Queremos que todos regressem aos seus lares com a alegria de ter participado e com a certeza de que a fé foi celebrada de forma segura”, afirmou.
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Capitão dos Portos reforça responsabilidade compartilhada
O Capitão de Mar e Guerra Alexandre Batista Pimentel, titular da Capitania dos Portos da Amazônia Oriental, reforçou que a segurança depende do compromisso de todos:
“As principais orientações incluem apresentar toda a documentação correta na inscrição, como título de inscrição da embarcação, cartão de tripulação de segurança e certificado de segurança de navegação. Caso não seja uma embarcação de transporte de passageiros, é necessário laudo técnico assinado por engenheiro, com anotação de responsabilidade. Também verificamos a autenticidade das cópias apresentadas”, detalhou. Após 3 de outubro será feita a vistoria nas embarcações.
O comandante Pimentel alertou para o risco de superlotação e explicou o procedimento em caso de denúncia: “Se o passageiro verificar que a embarcação está com excesso de pessoas, deve denunciar imediatamente. Pode ligar ou enviar mensagem para os contatos informados, inclusive para o WhatsApp do GAP, pelo número 185. A Capitania vai abordar a embarcação, retirar o excesso de passageiros e, dependendo da situação, autuando, apreendendo”, ressaltou.
Ele lembrou que, após a inscrição, cada embarcação receberá bandeira ou selo de identificação, que deve estar em local visível durante o evento. “Se for embarcação, bandeira. Se for moto aquática, selo. Tem que ser fácil de visualização, porque só estarão autorizadas as embarcações que realmente estão inscritas e necessitamos que isso esteja visível para que a Capitania possa identificar e retirar que não estiver inscrito”, disse
Diretoria da Festa pede colaboração dos fiéis
O diretor-coordenador da Festa de Nazaré, Antônio Sousa, lembrou que o ambiente aquático exige cuidados redobrados: “Das 14 procissões, essa é a mais delicada. Para prestar um socorro é sempre mais complexo. Seguimos rigorosamente todas as orientações da Marinha e pedimos que todos os participantes façam o mesmo. Temos hospital de campanha e pontos de apoio em terra, mas a responsabilidade é coletiva”, afirmou.
Antônio Sousa ressaltou que, apesar de toda a estrutura de segurança, a colaboração dos fiéis é indispensável para que o Círio Fluvial 2025 seja novamente um evento de fé, beleza e paz: “Com a bênção de Nossa Senhora de Nazaré, a gente consegue ter um mínimo de incidente. Mas, mesmo assim, a gente se prepara”, afirmou.
O secretário de Estado de Turismo (Setur), Eduardo Costa, destacou que, das 14 procissões do Círio, a romaria fluvial é a quinta mais antiga. "Esse evento aqui marca, basicamente, o início dessa quadra mariana, que é o momento que a gente está vivendo. Aonde o turismo mostra a sua alta estação no Pará”, disse. “Nossa alta estação é, efetivamente, o Círio de Nazaré, quando todos os hotéis estão com as suas ocupações máximas, onde o Estado tem opções de mostrar um pouco das suas riquezas, da sua gastronomia, da sua cultura e do seu povo", afirmou.
Inscrições
As inscrições para participação no Círio Fluvial 2025 já estão abertas e podem ser feitas gratuitamente até o dia 3 de outubro. Os interessados devem se dirigir à sede da CPAOR, localizada na Rua Gaspar Viana, nº 575, no bairro do Reduto, em Belém, de segunda a sexta-feira, das 13h às 15h30. Também é possível efetuar a inscrição pela internet, enviando a documentação necessária para o e-mail cpaor.gap@marinha.mil.br.
Orientações importantes feitas pela Marinha
• Proibição de excesso de passageiros, principalmente em embarcações pequenas, como rabetas e canoas, que não comportam sobrecarga;
• Uso obrigatório de coletes salva-vidas por todos os ocupantes de embarcações que não possuam cabines habitáveis;
• Proibição do transporte de crianças menores de sete anos em motos aquáticas ou embarcações sem cabines;
• Respeito absoluto ao isolamento delimitado pela Capitania, que define a área de navegação durante a procissão.
O descumprimento das normas pode resultar em retirada de tráfego e apreensão das embarcações, além de autuações e outras medidas administrativas.
Dúvidas:
Para quem deseja esclarecer dúvidas ou obter mais informações, a Marinha disponibiliza os telefones (91) 3218-3950 e (91) 98134-9000 (WhatsApp). É importante reforçar que apenas as embarcações previamente inscritas e identificadas com adesivos ou bandeiras oficiais estarão autorizadas a navegar e permanecer no trecho da Baía do Guajará, que compreende o percurso entre o trapiche de Icoaraci e a Escadinha do Cais do Porto de Belém, local de chegada da imagem.
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