'Te vejo no inferno', diz policial em vídeo após matar quatro colegas de profissão em delegacia
O crime ocorreu durante a madrugada de domingo (14) e teria sido motivado por perseguição e assédio moral

O policial cívil Antônio Alves Dourado, que matou quatro colegas de profissão a tiros, dentro da Delegacia Regional de Camocim (CE), na madrugada do último domingo (14), gravou um vídeo após o ocorrido afirmando que foi humilhado pelas vítimas.
“Perdão a todos. (…) Fui humilhado, achincalhado, transformado em um lixo, perseguido, inventaram, criaram (...) Maldito Adriano, te vejo no inferno. Maldito Charles, maldito Neto. Vocês são isso, eu acredito que o diabo foi conivente com a vida de vocês”, afirmou.
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Motivação
Segundo o autor, o crime foi motivado por perseguição e assédio moral que sofria dentro da delegacia. Ele relatou estar "traumatizado" com a maneira como era tratado.
A equipe da Polícia Militar do Ceará que atendeu à ocorrência por volta das 4h40 da madrugada de domingo contou que o Inspetor Dourado, como é conhecido, chegou em uma moto pelos fundos da delegacia, pulou o muro e foi para o andar de cima (térreo e primeiro andar).
Ao chegar no local, o assassino se surpreendeu com um segurança que fazia a guarda do restante da equipe, o agente Antonio Claudio dos Santos, e teria sido o primeiro a morrer. Assustado, o segurança tentou fugir do atirador, pulou para o térreo e quebrou o braço. Mesmo ferido, tentou abrir o portão da delagacia, mas foi alvejado pelas costas.
Dourado, então, seguiu para os dormitórios no térreo da delegacia e atirou contra mais três policiais que dormiam em redes, onde os corpos foram encontrados.
Na investigação, policiais militares afirmam que a ideia inicial do assassino era asfixiar as vítimas, por esse motivo encontraram o botijão de gás de cozinha preparado com algumas conexões. Dourado premeditou o crime e pretendia matar os policiais que fariam o próximo plantão.
Vítimas
As vítimas, segundo a polícia, foram os escrivães Antonio Claudio dos Santos, Antonio Jose Rodrigues Miranda e Francisco dos Santos Pereira, além do inspetor Gabriel de Souza Ferreira.
Um policial que estava de folga e que prefere não ser identificado afirmou que o trabalho com Dourado era complicado. “Jamais esperávamos isso. Ele era complicado de se trabalhar, mas não discutia com ninguém. E era muito calado. Ele sempre reclamava de algo, não aceitava bem as determinações, sempre achava que estava sendo preterido”, contou.
*(Carolina Mota, estagiária sob supervisão de Tainá Cavalcante, editora web de OLiberal.com)
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