Suspeito de matar menino de 10 anos pesquisou como limpar digital em tecido; entenda o caso
João Miguel da Silva Souza foi encontrado morto após duas semanas desaparecido. A motivação do crime seria um furto de cavalo

João Miguel da Silva Souza, de 10 anos, foi encontrado morto após desaparecer por duas semanas no Distrito Federal. O suspeito do crime seria o carroceiro Jackson Nunes de Souza, de 19 anos. Jackson, que enterrou o corpo da criança, teria contado com a ajuda da namorada e do irmão, ambos de 16 anos. Outro irmão do carroceiro, de 13 anos, teria ajudado na ocultação do cadáver.
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Em depoimento à Polícia Civil, os suspeitos afirmaram que a motivação do crime seria o furto de um cavalo. Jackson emprestou um dos cavalos que tinha a João Miguel e a criança, supostamente, teria soltado o animal de maneira proposital. O menino estava com o carroceiro e a namorada do suspeito, e foram juntos ao Setor de Indústria e Abastecimento (SIA) para lavarem os animais.
O sumiço do cavalo ocorreu no trajeto de retorno e resultou em um prejuízo de R$ 2,5 mil. A família da vítima acredita que a soltura não foi intencional. Além desse ocorrido, outros pequenos furtos da criança foram relatados à polícia.
João Miguel costumava frequentar a casa de Jackson, que morava com a namorada. No dia em que foi morto, segundo a delegada Bruna Eiras, da 8ª Delegacia de Polícia, a criança foi à residência do suspeito para fumar narguilé. Durante um momento de distração, eles teriam asfixiado a vítima.
O corpo da vítima foi encontrado no dia 13 de setembro, duas semanas após a última vez em que foi visto com vida, no dia 30 de agosto. João Miguel estava enrolado em um cobertor, de cabeça para baixo, com as mãos amarradas e com um tecido enrolado no pescoço, em um buraco com cerca de dois metros de profundidade. Antes de ser preso, Jackson acompanhou as investigações pela internet e pesquisou se era possível encontrar digitais em corda e tecido, além de buscar pelo termo “música de preso”.
A namorada e os irmãos de Jackson, menores de idade, devem responder por atos infracionais análogos a homicídio e ocultação de cadáver. Por outro lado, o carroceiro está preso e pode ter até 15 anos de reclusão, respondendo por ocultação de cadáver e corrupção de menores.
(*Lívia Ximenes, estagiária sob supervisão de Mirelly Pires, editora de OLiberal.com)
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