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Sem cura ou tratamento: saiba mais sobre a doença misteriosa que afetou cinco baianos e matou dois

Doença de Creutzfeldt-Jakob (DCJ): Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) descarta relação com a Doença da “Vaca Louca”

O Liberal
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Cinco casos da Doença de Creutzfeldt-Jakob (DCJ), mal neurodegenerativo que provoca desordem cerebral, perda de memória e pode levar à morte, foram identificados este ano em moradores de Salvador, capital da Bahia. Dos pacientes identificados, dois morreram, dois estão internados e um está sob investigação pela Vigilância Epidemiológica. O Ministério da Saúde divide a DCJ em quatro principais manifestações: esporádica, hereditária, iatrogênica e ‘vaca louca’. Porém, a Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab), a Secretaria Municipal de Saúde de Salvador (SMS) e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) descartaram que os casos tenham relação com a chamada doença da “Vaca Louca, infecção provocada por ingestão de carne ou derivados de origem bovina contaminados. As informações são do Jornal O Povo.

Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, quatro pacientes estão com a variante Esporádica, forma da doença que não apresenta causa e fonte infecciosa conhecida, nem tem relação de transmissibilidade comprovada de pessoa para pessoa. Entre eles está uma “mulher de 40 anos, sem histórico de comorbidades, que no dia 15 de agosto iniciou com sintomas neurológicos, sendo internada no Hospital Municipal quatro dias depois. O caso não tem histórico de viagens ao exterior, nega a existência de casos semelhantes na família ou contactantes próximos. E não tem histórico de exposição a procedimentos cirúrgicos”, detalha a pasta municipal da Saúde.

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Ainda não foi confirmada a condição clínica do quinto paciente.

No ano passado, três casos de DCJ haviam sido notificados em Salvador – um deles confirmado como sendo do tipo Esporádica, afirma a SMS. Desses, dois faleceram. Além disso, apesar de terem sido notificados na capital, dois pacientes seriam residentes de municípios do interior. 

Em relação a esses casos mais recentes, o MAPA afirma que não estão relacionados à Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB) - variante da DCJ (vDCJ), conhecida popularmente como Doença da “Vaca Louca”. Porém, segundo o órgão, um caso está em investigação e ainda falta realizar exames para confirmação do diagnóstico.

“As informações disponíveis, até o momento, indicam para um possível caso de Doença de Creutzfeldt-Jakob (DCJ) esporádica, forma que não possui relação com a ingestão de carne e subprodutos de bovinos contaminados com Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB) clássica e que não é transmitida de forma direta de um indivíduo para outro”.

O MAPA ressalta ainda que desde que a vigilância da DCJ foi instituída pelo Ministério da Saúde, nenhum caso da variante da “Vaca Louca” da doença de Creutzfeldt-Jakob foi confirmado no País. “Da mesma forma, a EEB clássica nunca foi detectada no rebanho bovino do Brasil em mais de 20 anos de existência do sistema de vigilância da doença, instituído e coordenado pelo Mapa”.

Veja algumas informações sobre a doença

  • O neurologista Mateus do Rosário explica que a DCJ é causada por uma proteína anormal, o príon, que tem capacidade de entrar no cérebro e causar destruição neuronal [dos neurônios] de maneira rápida.
  • De acordo com o Ministério da Saúde, cerca de 90% dos casos clínicos de DCJ levam à morte no intervalo de um ano, sendo o tratamento apenas de suporte e controle das complicações, a exemplo do uso de cadeira de rodas ou auxílio para alimentação conforme o paciente vai perdendo as funções motoras.
  • O mecanismo da doença é desconhecido, assim como não há evidência científica indicando que ela pode ser transmitida pelo ar ou pelo contato casual com os pacientes. A depender do tipo de DCJ, a contaminação pode acontecer por ingestão de carne contaminada [no caso da Vaca Louca], mutação genética na proteína ou transmissão por objeto contaminado [nos casos de realização de neurocirurgias, por exemplo].
  • Independente da forma de contaminação, os sintomas são similares. Sinais de confusão mental, perda da coordenação e alterações motoras são sinais comuns. Conforme a doença evolui, o paciente vai perdendo os sentidos.
  • A manifestação “Esporádica” pe responsável pela maioria dos casos de DCJ, com incidência de 85%. Afeta pessoas entre 55 e 70 anos e tem predominância em mulheres. A doença não apresenta causa conhecida;
  • A manifestação “Hereditária” atinge entre 10 a 15% dos casos de DCJ e tem origem em uma mutação hereditária [passada de geração para geração];
  • Na manifestação “Iatrogênica”, a contaminação se dá por contato com itens infectados. A transmissão para o paciente se dá via procedimentos cirúrgicos ou por meio do uso de instrumentos neurocirúrgicos ou eletrodos intracerebrais contaminados;
  • A variante da Doença de Creutzfeldt–Jakob - Essa está associada ao consumo de carne e subprodutos bovinos conta- minados com Encefalite Espongiforme Bovina (Doença da ‘Vaca Louca’). Costuma acometer pessoas jovens, abaixo dos 30 anos
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