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Prefeitura e entidades se posicionam contra agressão à procuradora por colega de trabalho

O também procurador Demétrius Oliveira Macedo chegou a ser conduzido à delegacia, mas foi liberado

Fernando Assunção

Causou revolta, nas redes sociais, um vídeo que mostra a procuradora-geral do município de Registro (SP), Gabriela Samadello Monteiro de Barros, sendo brutalmente agredida por um colega de trabalho, o também procurador Demétrius Oliveira Macedo. O caso ocorreu na última segunda-feira (20) e teria começado depois que Demétrius descobriu que Gabriela tinha aberto um processo administrativo contra ele, por causa de suas posturas no trabalho. Ele foi conduzido ao 1º Distrito Policial da cidade, mas foi liberado depois de um boletim de ocorrência ser registrado.

Veja o momento da agressão:


Em nota enviada à CNN, a Polícia Civil informou que o caso foi registrado como lesão corporal e é investigado pela Delegacia de Defesa da Mulher de Registro. “A equipe da unidade já ouviu a vítima e o agressor e aguarda o resultado dos exames periciais para análises e elucidação dos fatos. Detalhes serão preservados para garantir a autonomia ao trabalho policial”, diz comunicado.

Procuradora é brutalmente agredida por colega de trabalho
As agressões teria ocorrido após o procurador Demétrius Oliveira Macedo descobrir que Gabruela Samadello Monteiro de Barros teria aberto um processo administrativo contra ele

Entidades e o poder executivo municipal se pronunciaram sobre o assunto

A Ordem dos Advogados do Brasil Seccional de São Paulo (OAB-SP), por meio de sua Comissão da Mulher Advogada, também repudiou o ato de violência e manifestou solidariedade às mulheres envolvidas no episódio. “Reafirmamos o compromisso da entidade com a promoção da igualdade e defesa intransigente dos direitos das mulheres e da liberdade profissional”, disse em nota.

“A OAB-SP informa que já tomou as providências disciplinares cabíveis, enfatizando que seguirá seu firme propósito no combate à violência contra a mulher, seja doméstica, seja em seu local de trabalho”, completou a entidade.


A Associação Nacional dos Procuradores dos Estados e do DF (Anape) disse: “O ataque violento desrespeita os direitos e princípios fundamentais dos cidadãos e atinge a esfera moral e ética de todos os advogados públicos e advogadas públicas que exercem com rigor seu papel na sociedade. É fundamental que os procuradores tenham segurança e autonomia para exercer sua função essencial à Justiça”, em trecho do posicionamento.

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Em nota, a Prefeitura de Registro manifestou "o mais absoluto e profundo repúdio aos brutais atos de violência realizados pelo procurador municipal contra a servidora municipal mulher que exerce a função de procuradora-geral do município".

A administração municipal ainda afirmou que ele seria suspenso e disse ter “compromisso com a prevenção e enfrentamento a todas as formas de violência, principalmente aquelas que vitimizam mulheres”. Os servidores da Procuradoria-Geral Municipal e da Secretaria de Negócios Jurídicos ainda devem receber apoio e acompanhamento psicológico, segundo a nota oficial da prefeitura.


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