ONGs entram com ação contra rede Assaí e pedem R$ 100 mil por homem ter sido obrigado a tirar roupa

Além do pagamento de indenização, as duas entidades pedem diversas adequações por parte do Assaí, como a revisão imediata dos protocolos de abordagem de segurança no interior das lojas

O Liberal
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Organizações não Governamentais (ONGs) do movimento negro ingressaram com uma ação civil pública contra a rede atacadista Assaí, na tarde desta quarta-feira (11) após um homem negro ter sido obrigado a tirar a roupa para provar que não tinha furtado produtos de uma loja de Limeira, cidade do interior de São Paulo. Elas pedem que a empresa pague R$ 100 milhões, como forma de “reparação de dano moral coletivo e dano social infligido à população negra e ao povo brasileiro de modo geral, em razão de abordagem ilícita e vexatória cometida por agentes das rés em desfavor de consumidor negro”. As informações são do Portal UOL.

image Homem negro é obrigado a se despir em público por suspeita de roubo em supermercado; veja imagens
Vítima foi coagida por seguranças pelo simples fato de ter entrado e saído do estabelecimento sem comprar nada

Além do pagamento de indenização, o Centro Santo Dias de Direitos Humanos, órgão de defesa da pessoa humana, e a ONG Educafro, entidades que moveram a ação, pedem diversas adequações por parte do Assaí, como a revisão imediata dos protocolos de abordagem de segurança no interior das lojas; elaboração e execução de plano detalhado para aceleração na carreira de negros e negras na empresa; compromisso de implementação de ações estruturantes e regulares de educação em direitos humanos para todos os funcionários; o uso de peças publicitárias contra o racismo e a violência institucional, entre outras.

As duas ONGs são as mesmas que, junto a órgãos públicos, firmaram um acordo com o Carrefour devido à morte de João Alberto, espancado por seguranças em uma loja de Porto Alegre em novembro de 2020.

Em nota, a rede atacadista, mais uma vez, lamentou o ocorrido e  informou ainda não ter sido notificada sobre a ação civil pública, mas que vai analisá-la assim que chegar o processo chegar ao seu conhecimento

ENTENDA O CASO

Na noite da última sexta-feira, o metalúrgico Luiz Carlos da Silva, de 56 anos, foi abordado por dois seguranças ao sair do supermercado.

Silva afirmou ter saído sem passar pelo caixa porque foi apenas verificar os preços de produtos. A ideia era voltar no dia seguinte acompanhado da esposa

Porém, ele relatou que teve de tirar a camiseta e mostrar a cueca para os seguranças, para comprovar que estava saindo do estabelecimento sem levar nada escondido. O caso foi registrado pela Polícia Civil.

O Ministério Público do estado de São Paulo, por meio da Promotoria de Justiça de Limeira, instaurou inquérito na segunda-feira (9) para apurar os danos moral e social difusos causados por constrangimento sofrido pelo metalúrgico Luiz Carlos da Silva.

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