Morre o premiado fotojornalista Dida Sampaio, do Estadão
O profissional foi vítima de AVC. Ele residia em Brasília.
O fotojornalista Dida Sampaio, do jornal O Estado de São Paulo, faleceu nesta sexta-feira, 25, no Distrito Federal, aos 52 anos. Ele estava internado em um hospital desde o último dia 10 de fevereiro, quando sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC). Ele está entre os fotógrafos mais premiados do Brasil. Uma das lições do profissional ficou registrada no Twitter: “O protagonismo tem que ser da foto e não do fotógrafo”.
Em 2015, Francisco de Assis Sampaio, o Dida, ganhou o Prêmio Esso de Jornalismo, na categoria Regional Sudeste, o Vladimir Herzog e o Direitos Humanos de Jornalismo, Esso de Fotografia e o Estadão de Jornalismo pela foto Lava Jato Planalto.
Dida Sampaio foi um dos jornalistas agredidos por apoiadores de Jair Bolsonaro durante a manifestação em apoio ao presidente, ocorrida no dia 3 de maio de 2020, em Brasília. Os veículos de comunicação registraram que Dida foi derrubado do alto de uma escada quando tentava fotografar Bolsonaro em frente à rampa do Palácio do Planalto. Ele foi derrubado, empurrado, socado e chutado enquanto estava caído no chão.
Dida realizou exposições no Brasil e no exterior e teve suas fotos e ensinamentos publicados por Alan Marques no livro publicado "Máquina de Acelerar o Tempo: Conversas sobre Fotojornalismo Contemporâneo".
O jornalista Ricardo Noblat comentou sobre Dida: "Profissional brilhante, que com suas fotos marcou parte da história política do Brasil".
"Dida era um profissional exemplar, dedicado e com muito compromisso com o jornalismo e com a família dele. Ele entendia de política de forma excepcional e prestava um serviço maravilhoso ao jornalismo e ao Brasil. As imagens do Dida entraram para a história", disse o diretor do Sindicato dos Jornalistas do Distrito Federal, Wanderley Pozzebom.
Palavras-chave
COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA