Morre Alysson Paolinelli, um dos fundadores da Embrapa

O ex-ministro da agricultura faleceu aos 86 anos de idade por complicações na saúde

O Liberal
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Um dos fundadores da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e ex-ministro da Agricultura, Alysson Paolinelli, faleceu nesta quinta-feira, 29, aos 86 anos de idade, em Belo Horizonte (MG). Segundo a Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho), entidade que Paolinelli presidia, o ex-ministro apresentou complicações após uma cirurgia no fêmur.

Paolinelli estava internado há cerca de 30 dias no Hospital Madre Tereza, em BH. De acordo com a Embrapa, ele deixa um importante legado para o agronegócio no Brasil:

"É inegável a liderança de Paolinelli na agricultura brasileira. Ele sempre acompanhou de perto e apoiou a Embrapa. Nossos gestores e empregados se solidarizam com a família e com todos os atores do agro nacional que têm em Alysson Paolinelli essa referência do setor", declarou a presidente da Embrapa, Silvia Massruhá.

A empresa pontua que Paolinelli é um dos principais responsáveis pela introdução da tecnologia e da pesquisa na produção agrícola. "Com isso, contribuiu para que o Brasil se tornasse uma potência no setor. Nos últimos anos, Paolinelli ficou conhecido por sua defesa da segurança alimentar mundial. Essa sua bandeira o fez ser indicado ao prêmio Nobel da Paz em 2021", informa em nota oficial.

No Pará, a Embrapa Amazônia Oriental pontua que o ex-ministro sempre teve boas relações com os produtores locais. O chefe-geral da empresa no Estado, Walkymário Lemos, comenta sobre a importância do professor visionário:

"Uma das últimas vezes que o dr. Paolinelli esteve aqui no Pará foi no ano passado, em Marabá, quando discutíamos a pecuária sustentável no Estado e, além de trazer conhecimentos que detinha, ele veio como embaixador do agro brasileiro trazer a mensagem de que a ciência e a inovação no campo promovem transformações capazes de alimentar grandes populações. Para nós, da Embrapa, foi ele uma das mentes que vislumbravam o futuro e perceberam a necessidade do país ter uma instituição de pesquisa com funcionários qualificados para transformar a pecuária nacional nessa fortaleza".

"Ele sempre foi defensor da ciência como transformadora de realidades e foi um grande contribuidor para que a gente, em um intervalo de cinco décadas, saísse de um país altamente dependente de alimentos para uma potência global da agricultura, exportando para cerca de 130 países, alimentando uma população planetária de quase um bilhão de pessoas, mostrando que a agricultura, além de alimentar, é uma estratégia de fomentar a paz", conclui Walkymário Lemos.

A Aliança Paraense pela Carne também manifestou pesar pelo falecimento, por meio de uma nota publicada nas redes sociais. No texto, a associação relembra a presença do ex-ministro em um evento em Marabá, no mês de abril de 2022, e também em um evento em março deste ano, no município de Xinguara. "Além do benefício que usufruimos como resultado de sua inteligência e trabalho, tivemos o privilégio de conviver recentemente com esse admirável ser humano".

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