Lula assina decreto para impulsionar bionegócios na Amazônia
Presidência afirma que recursos públicos previstos para o CBA nos próximos anos chegam a R$ 47,6 milhões

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), assinou, nesta quarta-feira (3), o decreto de qualificação da organização social que vai dirigir o Centro de Bionegócios da Amazônia (CBA), com o intuito de impulsionar novos negócios baseados nos recursos naturais da região amazônica.
O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, explicou que a medida permitirá a atuação mais ampla do CBA, o que resultará em investimentos, produtos, empregos, renda e desenvolvimento local.
“Vamos trabalhar juntos com os ministérios de ciência e tecnologia, do meio ambiente, governos estaduais, governos municipais, universidades e, principalmente, a iniciativa privada para criar emprego, criar empresa, agregar valor, transformar a grande farmácia que é a biodiversidade amazônica em produtos, serviços, empregos e investimentos. É impressionante, na área de alimentos, por exemplo, 1 quilo de cacau de amêndoa custa R$ 10 e 1 quilo de chocolate, R$ 200. Nós temos muito potencial”, afirmou.
O CBA, antes chamado Centro de Biotecnologia da Amazônia, não será mais vinculado à Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) e passará a ser gerido pela organização social Fundação Universitas de Estudos Amazônicos (FUEA), selecionada por meio de concorrência pública.
A presidência ressalta que a decisão trará mais autonomia para o CBA captar recursos públicos e privados e ampliar suas atividades. O Executivo também afirma que os recursos públicos previstos para o CBA nos próximos quatro anos chegam a R$ 47,6 milhões.
“Ele [CBA] terá um centro de inteligência para novos negócios, que vai prospectar novos investimentos, trazer o setor privado e transformar pesquisa em patente e em negócios para o desenvolvimento da região”, ressaltou Alckmin.
Nos próximos dias, a FUEA assinará contrato com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, que transferirá a gestão do CBA para a organização social, que atuará em parceria com o Instituto de Pesquisas Tecnológicas, a Fundação de Apoio ao Instituto de Pesquisas Tecnológicas e a Universidade do Estado do Amazonas.
(*Emilly Melo, estagiária, sob supervisão de Keila Ferreira, coordenadora do Núcleo de Política)
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