Internautas usam vídeo do Uzbequistão para 'denunciar' exploração sexual infantil no Marajó

O vídeo compartilhado como sendo no Marajó foi, na verdade, gravado no Uzbequistão

O Liberal
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Um vídeo que circulou nas redes sociais em 2022, compartilhado pela então candidata ao cargo de senadora Damares Alves, gerou comoção ao mostrar policiais retirando 25 crianças de dentro de um carro. Na época, Damares afirmou que as crianças que apareciam na gravação eram vítimas de exploração sexual no Marajó, despertando indignação e preocupação pública.

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O assunto voltou a repercutir após a denúncia da cantora paraense Aymeê em um reality show gospel na semana passada. Desde então, opositores acusam governo federal e estadual de omissão

Nesta semana, o mesmo vídeo voltou a ganhar destaque nas redes sociais após a cantora paraense Aymeê denunciar casos de exploração sexual infantil na região do Marajó durante um concurso nacional, reacendendo as discussões em torno do tema. No entanto, uma investigação realizada pelo jornal Estadão revelou que o vídeo é enganoso e não retrata a situação que foi divulgada e compartilhada.

O vídeo compartilhado por Damares Alves como sendo no Marajó foi, na verdade, gravado no Uzbequistão. As imagens mostram uma situação completamente diferente do que foi alegado inicialmente. A condutora do veículo, longe de ser uma criminosa envolvida em tráfico humano ou exploração sexual, era, na verdade, a dona de uma escola infantil onde as crianças estudavam. Ela foi flagrada por agentes de trânsito transportando os alunos de forma irregular para suas casas.

O vídeo compartilhado por Damares Alves acabou por se tornar alvo de investigação por parte do Ministério Público Federal. Apesar das acusações graves feitas pela então candidata ao cargo de senadora, as investigações não encontraram provas que corroborassem suas alegações. O órgão apontou que a denúncia foi feita de maneira sensacionalista, possivelmente visando ganhos políticos durante a campanha eleitoral daquele ano, a qual ela disputava uma vaga no Senado.

Veja o vídeo referido:

 

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