Internautas criticam festa junina da Prefeitura de Corumbá após imagens de incêndio no Pantanal
Reação de internautas veio após bioma registrar recorde de focos de incêndio em 2024
Um vídeo que viralizou nas redes sociais durante o Arraial do Banho de São João, em Corumbá (MS), mostra uma cena preocupante: enquanto as festividades ocorrem na orla de Porto Geral desde sexta-feira (21/06) até domingo (23/06), ao fundo, o bioma do Pantanal é consumido por chamas intensas. O evento, considerado patrimônio cultural imaterial do Brasil e promovido pela Prefeitura de Corumbá, recebeu críticas contundentes online, em meio à grave crise de incêndios que assola a região.
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A celebração deste ano do Arraial do Banho de São João ocorre em um contexto desafiador para o Pantanal, que enfrenta um aumento alarmante no número de focos de incêndio. Moradores de Corumbá têm convivido com fumaça e fuligem há semanas, exacerbados pela falta de chuvas nos últimos 72 dias, segundo o governo estadual. Este período prévio à temporada de incêndios no Pantanal registrou um aumento de quase 1000% nos focos de calor em comparação ao ano passado, conforme dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
"O São João é uma festa maravilhosa da nossa cultura. Mas manter a festa com a cidade nessas condições, cheia de fumaça, enquanto a poucos metros há um grande incêndio, é algo que não dá para acreditar!", lamentou uma moradora nas redes sociais.
Diante da gravidade da situação, o governo do Mato Grosso do Sul solicitou apoio federal para combater os incêndios no Pantanal. No sábado passado (22), foi anunciado que o Exército disponibilizará quatro aeronaves de grande porte e que 50 agentes da Força Nacional serão enviados ao estado para ajudar nas operações terrestres. O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) também contribuirá com três aeronaves para os esforços de combate ao fogo na região.
O número de focos de incêndio no Pantanal até meados de junho já havia superado significativamente os registros do mesmo período no ano anterior, apontando para uma das piores temporadas de queimadas desde que os dados começaram a ser compilados em 1998 pelo Inpe.
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