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Indiciado pela morte de Bruno e Dom é transferido para sede da PF em Manaus

Jânio Freitas de Sousa foi preso no dia 18 de janeiro pela Polícia Federal

Lívia Ximenes

Preso no dia 18 de janeiro, em Tabatinga, interior do Amazonas, Jânio Freitas de Sousa é apontado como o “braço direito” do mandante dos assassinatos de Bruno Pereira, indigenista, e Dom Phillips, jornalista britânico. Na noite deste domingo, 21, ele foi transferido para a sede da Polícia Federal (PF) em Manaus (AM). Jânio será indiciado por duplo homicídio e ocultação de cadáveres.

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Ruben Dário da Silva Villar, conhecido como “Colômbia”, foi identificado como mandante dos assassinatos. Além da transferência de Jânio, a dele também foi solicitada devido a risco de fuga e à integridade física e psíquica dos investigados. Na manhã desta segunda-feira, 22, Jânio passou por exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML) na capital amazonense.

Preso por pesca ilegal em 5 de agosto de 2022, após um mês da morte de Bruno e Dom, Jânio estava cumprindo pena em regine semi-aberto há três meses. Em setembro do mesmo ano, a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) divulgou o envolvimento do pescador com a Prefeitura de Secretaria de Interior de Atalaia do Norte: ele era funcionário temporário e, mesmo preso, continuava a receber o salário de R$ 1.212,00.

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Em outra investigação da PF o nome de Jânio aparece, a do assassinato do agente da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) Maxciel Pereira dos Santos, morto em 2019 por um pistoleiro em Tabatinga - cidade próxima a Atalaia do Norte. As investigações apontaram o pescador como “braço direito” de Colômbia.

Na nona sessão da audiência de instrução e julgamento do caso Bruno e Dom, em 2022, Jânio depôs enquanto estava preso. Ele afirmou que Bruno disse, no dia dos crimes, que mandaria a PF prender os pescadores ilegais que invadiam lagos de manejo de comunidades ribeirinhas.

(*Lívia Ximenes, estagiária sob supervisão da coordenadora de Oliberal.com, Heloá Canali)

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