Hora no Acre: entenda o fuso horário do Acre e por que tem duas horas a menos
O Estado e a extremidade ocidental do Amazonas fazem parte do UTC-5, um dos quatro fusos horários presentes no Brasil; veja a história e o motivo do Acre ter duas horas a menos que Brasília

O Brasil contém quatro fusos horários diferentes em todo o seu território oficial. No Acre e na parte ocidental do Amazonas, a diferença em relação a Brasília é de duas horas a menos. Veja a história e o motivo do Acre ter um fuso horário diferente:
Porque o Acre tem duas horas a menos
O Decreto 2.784 de 1913 estipulou que o Acre e a extremidade ocidental do Amazonas fariam parte do fuso horário UTC-5, calculado em cinco horas a menos que a hora no Meridiano de Greenwich, ou duas horas a menos que o Rio de Janeiro. A decisão levou em conta a posição geográfica da região e as convenções internacionais vigentes.
Mudanças de 2008 e 2013
Em 2008, o Senado Federal posicionou o Acre no fuso UTC-4, o que diminuiu para apenas uma hora a diferença entre os horários do Acre e de Brasília. Na época, os defensores da medida alegavam que a diferença de duas horas prejudicava o Acre economicamente e culturalmente.
A decisão desagradou diversos setores da população regional e um referendo realizado em 2010 apontou que a maioria dos acreanos preferia que o Estado voltasse ao UTC-5. Após anos de conflitos judiciais e políticos, o Acre voltou ao seu antigo fuso horário em 10 novembro de 2013.
O que são e para que servem os fusos horários
Os fusos horários são medidas de contagem de tempo criadas e adotadas internacionalmente no século XIX com a finalidade de padronizar este aspecto. Antes, cada país decidia internamente como contar a passagem do tempo, o que gerava muitos transtornos e problemas logísticos para o comércio internacional, a comunidade científica e as relações diplomáticas.
No sistema de fusos horários, o Meridiano de Greenwich é considerado o marco zero e a principal ferramenta para o cálculo dos demais fusos, que leva em consideração a posição longitudinal das regiões analisadas.
Palavras-chave
COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA