Homem é suspeito de matar esposa e passar 5 noites com corpo; ‘tinha muito bicho’, diz vizinho
Moradores acionaram as autoridades depois de perceber um forte cheiro exalando da residência do casal

Uma mulher foi encontrada morta dentro do kitnet em que morava em Campo Grande (MS). O principal suspeito de cometer o crime é o marido da vítima, que passou cerca de cinco dias com o corpo dentro de casa. A polícia foi acionada após vizinhos notarem um forte cheiro exalando da casa e muito insetos. Com informações do portal Campo Grande News.
VEJA MAIS
Luciana Carvalho, de 47 anos, foi vista pela última vez no dia 27 de julho. A motivação para o crime teria sido uma briga entre o casal depois que Luciana se negou a passar a senha do celular para o companheiro, Inácio Pessoa Rodrigues, de 47 anos, que é açougueiro. A Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) investiga o caso.
Um vizinho do casal, de 29 anos, revelou que estranhou o sumiço de Luciana, já que ela era próxima com a irmã do morador. A suspeita de assassinato foi levantada quando perceberam muitas moscas na casa.
"Falei para minha irmã, isso não é mosca de lixo. A gente ainda saiu para trabalhar, na parte da tarde voltamos e fui avisar o dono da casa, que chamou a polícia. Foi quando encontraram ela [Luciana] morta escorada do lado do botijão [de gás]", descreve.
"Tinha muito bicho, ele tentou tirar da onde ela estava, porque vi gotas de sangue no chão, parece que arrastou da cama para perto do fogão", diz o rapaz.
O dono do quarto, laboratorista aposentado, de 66 anos, contou que os dois moravam na kitnet desde 1º de janeiro deste ano. Ele afirmou também que o casal tinha histórico de brigas constantes. "Eles brigavam demais e eu já vinha pedindo para eles desocuparem a casa há uns três meses, ela falava que estavam procurando casa para alugar. As vezes ela colocava ele para fora e dormia nessa praça", apontou o homem.
O laboratorista disse que na noite de segunda-feira (1º) foi procurado pela vizinha. "A vizinha que veio me avisar que tinha muito mau cheiro vindo da casa. Fui lá ver e nem entrei, de fora já percebi um cheiro muito exalante, então liguei para a polícia porque não era mais caso de Samu", conta ao lembrar que Inácio confessou o crime.
(*Emilly Melo, estagiária, sob supervisão de Hamilton Braga, coordenador do Núcleo de Política)
Palavras-chave
COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA