Homem com mesmo nome e data de aniversário de morto perde emprego e CNH

O motorista de caminhão precisou comprovar que estava vivo para recuperar o documento e voltar ao mercado de trabalho, mas diz que pretende cobrar justiça

O Liberal

Um erro no sistema do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) provocou um transtorno sem precedentes na vida de um motorista de caminhão. João Augusto Pereira da Silva, de 29 anos, perdeu o emprego após ter a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) cancelada devido a uma inconsistência na base de dados do órgão, segundo o qual ele era dado como morto. As informações são do portal UOL.

Ele trabalhava há seis meses em uma empresa de transportes em São Paulo e, no mês de março, percebeu que a CNH estava cancelada. Decidiu então baixar a versão digital do documento, mas, ao entrar no aplicativo, viu que o documento havia sido cancelado. "Na hora, como meu exame toxicológico estava vencido, eu pensei que fosse por isso. Fui, fiz um novo, só que a CNH continuou cancelada", contou em entrevista ao portal UOL.

Sem entender o que estava acontecendo, João Augusto buscou o Departamento de Trânsito de São Paulo, onde foi informado que a CNH estava cancelada desde maio do ano passado por óbito. Segundo os dados que constavam no Detran, ele havia falecido em 4 de dezembro de 2020. "Eu não acreditei. Falei para eles que estava vivo. Eu perguntei para eles como que poderia ter acontecido isso, e eles me falaram que quem tinha passado a declaração era o INSS. Foi um choque." 
 
João começou uma busca por respostas que pudessem esclarecer aquela situação surreal. Após uma longa saga em busca de informações, ele descobriu que o óbito em questão dizia respeito a um outro homem, que além de ter o mesmo nome e sobrenome que o seu, também havia nascido no mesmo dia e ano: 24 de junho de 1991. Tratava-se de um balconista do Rio de Janeiro. 

Com a CNH cancelada, João teve que deixar o emprego durante o período que passou buscando regularizar o documento. Somente após três semanas é que ele conseguiu recuperar a CNH e comprovar que estava vivo. Mas, isso lhe custou o emprego. Casado e pai de um bebê de seis meses, João Augusto agora busca por recolocação no mercado. Mas diz que pretende procurar a Justiça e cobrar seus direitos: "Penso em entrar com uma ação porque o dano que isso me causou foi muito grande. Foi um direito tirado de mim injustamente."

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