Golpe do óleo velho: conheça a nova fraude que causa problemas em veículos e já assusta motoristas

As fraudes operacionais, roubo de carga e adulteração de produtos têm sido algumas das principais áreas de preocupação identificadas

Luciana Carvalho
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Fraudes em combustíveis são motivos de preocupações constantes para a população, podendo acarretar danos irreversíveis aos automóveis. No entanto, o Instituto Combustível Legal (ICL), representante da indústria, aponta outro problema igualmente prejudicial, mas menos divulgado: a comercialização de lubrificantes clonadosfalsificados e até mesmo usados como produtos de qualidade.

Emerson Kapaz, presidente do ICL, alerta para o alarmante volume e nível de fraudes no mercado de lubrificantes, ressaltando que esses tipos de práticas desonestas não apenas prejudicam os consumidores, mas também comprometem a segurança e a eficiência dos veículos, gerando significativos danos ambientais.

"O consumidor é muito lesado porque os problemas gerados no veículo, apesar de não aparecerem a curto prazo, são muito grandes. É possível perder um motor por causa do óleo de má qualidade. Em um estudo feito pelo ICL, encontramos situações graves, como venda de óleo queimado como novo, roubo de carga, misturas e fábricas clandestinas", alerta.

Quais as principais tipos de golpes do óleo velho?

As fraudes operacionais, roubo de carga e adulteração de produtos têm sido algumas das principais áreas de preocupação identificadas pelo Instituto. Uma das práticas mais preocupantes é o reprocessamento de óleo queimado, quando oficinas de má-fé recuperam óleo usado e o revendem como óleo sintético de alta qualidade.

 A principal irregularidade encontrada foi a falta de aditivação, em segundo lugar, problemas na viscosidade (30%). Entre as principais práticas fraudulentas identificadas, estão:

- Fabricantes sem autorização ambiental: algumas empresas operam sem as devidas autorizações ambientais ou da Agência Nacional do Petróleo (ANP), comprometendo a qualidade e a segurança dos lubrificantes que produzem.

- Adulteração de produtos por misturadoras/batedeiras: criminosos adulteram produtos, misturando óleo refinado com uma porcentagem inadequada de detergentes, comprometendo a qualidade e eficácia do lubrificante.

- Pirataria e falsificação de marcas: existem polos de falsificação que clonam embalagens e selos de marcas reconhecidas, enganando os consumidores com produtos de qualidade duvidosa.

Como se proteger do golpe do óleo velho?

Diante dessa realidade, o ICL destaca a importância de os consumidores permanecerem vigilantes e adotarem medidas para se protegerem contra fraudes. É essencial verificar a procedência dos lubrificantes, optando por adquiri-los em estabelecimentos confiáveis e autorizados. Além disso, é recomendável estar atento a indícios de adulteração, como embalagens danificadas ou selos de segurança violados.

Carlo Faccio, diretor do Instituto Combustível Legal, também salienta o perigo associado ao uso de lubrificantes de origem duvidosa. "Os consumidores devem ficar alertas ao depararem-se com produtos excessivamente baratos. Caso sejam falsificados, podem ocasionar problemas nos veículos, representando perigo tanto para os passageiros quanto para os pedestres", enfatiza.

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