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Golpe do cartão de crédito por aproximação: saiba como se proteger e o que fazer caso seja vítima

Os criminosos se aproveitam de lugares lotados para roubar valores de cartões de crédito que funcionam por aproximação; instituições financeiras normalmente ressarcem a vítima

Gabriel Mansur

Criminosos continuam inovando na realização de golpes. Com a evolução das tecnologias, os golpistas se adaptam aos novos meios, como acontece atualmente com os pagamentos por aproximação. Golpistas utilizam a tecnologia de cartões e celulares (que não precisam de senha) para aproximar as maquininhas e efetuar o roubo. Os casos normalmente acontecem em lugares lotados, como ônibus ou eventos de grande repercussão e normalmente só são notados pela vítima horas depois. 

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Saiba o que fazer caso você seja vítima de um golpe e o que fazer para se proteger. As informações são do portal UOL.

Tenho direito a reembolso caso seja vítima do golpe?

O artigo 14 do Código de Defesa do Consumidor (CDC) determina que “o fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços”. As instituições financeiras são responsáveis pelas eventuais falhas de segurança causadas inclusive quando os fraudadores encostam a maquininha no pertence da vítima para efetuar o roubo.

A advogada Beatriz Castilho afirma que apesar de não existir uma lei que obrigue os bancos a ressarcir os consumidores, é o que normalmente acontece. "O que a gente vê na jurisprudência atual é que os consumidores normalmente são ressarcidos", explica.

O que fazer caso seja vítima do golpe?

O consumidor ao perceber que foi vítima de golpe deve notificar imediatamente o banco e realizar a contestação de valores. O passo é importante para bloquear ou cancelar o cartão caso seja necessário. Anotar o protocolo de atendimento também será útil.

Em segundo lugar, é recomendado registrar um boletim de ocorrência na delegacia mais próxima ou via internet. O B.O é importante como forma de registro e para que as instituições consigam identificar quais tipos de crimes vem ocorrendo de maneira a encontrar soluções para tais problemas.

Como me prevenir do golpe?

  • Guardar o cartão em um lugar seguro é importante para que os golpistas não tenham acesso. Hoje em dia já existem capinhas com bloqueio RFID (identificação por radiofrequência) que impedem a leitura dos cartões. 
  • Bloquear a função de aproximação caso você vá para um lugar muito movimentado também é uma solução viável. A desabilitação da função pode ser realizada via aplicativo do banco. 
  • Habilitar as notificações do celular permite que você saiba quando um golpe ocorreu de maneira imediata. As compras suspeitas podem ser contestadas em qualquer instituição financeira a partir do aplicativo de celular.
  • Definir um limite pode fazer com que o prejuízo não seja grande. Cadastrar um valor máximo para pagamento via aproximação é uma solução possível. A alteração também pode ser feita pelo aplicativo do banco. 

Confira a nota da Associação Brasileira dos Cartões de Crédito e Serviços (Abecs):

“Apesar do crescimento exponencial da modalidade, que movimentou R$ 100 bilhões só no primeiro trimestre deste ano (alta de 456%), a Abecs não tem qualquer registro de casos de golpe em que o criminoso supostamente se aproximaria da vítima com uma máquina de cartão escondida, valendo-se de ambientes lotados para capturar transações indevidamente. O pagamento por aproximação é uma tecnologia segura, adotada em diversos locais do mundo, com os mesmos parâmetros de segurança exigidos no Brasil. 

A Abecs reforça que, em caso de perda ou roubo do cartão, bem como se houver indícios de transações indevidas, o recomendado é que o cliente entre em contato imediatamente com a central de atendimento do cartão. Também é recomendado sempre guardar o cartão em local seguro e, antes de inserir ou aproximar o cartão da maquininha, conferir o valor da compra”.

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