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Golpe do emprego: criminosos buscam as pessoas 'pela necessidade'; saiba como se proteger

Com mais de 100 tentativas de golpe por hora, criminosos utilizam diversas maneiras de aplicar o golpe; vagas que parecem muito boas devem ser desconfiadas

Gabriel Mansur

Os criminosos estão inventando cada vez mais maneiras de aplicar golpes. A popularização do smartphone permitiu que esses golpistas possam com cada vez mais facilidade atingir um maior número de pessoas. O golpe do emprego é uma nova artimanha que vem sendo utilizada pelos transgressores. Segundo levantamento da empresa PSafe, entre setembro de 2021 e fevereiro de 2022, mais de 600 mil tentativas de golpe foram detectadas. As informações são da Folha Vitória.

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Os brasileiros estão sofrendo com o desemprego. No primeiro trimestre de 2022, eram 11,9 milhões de desempregados, uma taxa de 11%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. O terreno é fertil, pois os golpistas se utilizam das necessidades das pessoas para aplicar os golpes.

"Esses golpes nascem da necessidade, os fraudadores acabam aproveitando o momento crítico que nós estamos vivendo, e buscando as pessoas pela necessidade”, explica Renan Conde, diretor da Brasil Factorial, para o Folha Vitória.

O usuário deve ficar atento, porque as vagas de emprego não chegam de repente através de SMS ou via mensagens de aplicativos, e o departamento de recursos humanos de uma empresa não se comunicaria de maneira informal com um candidato.

Com mais smartphones do que pessoas no Brasil, os golpes se multiplicam e podem chegar de diversas maneiras. Por isso é preciso ficar atento e desconfiar sempre de possíveis contatos estranhos. 

Saiba quais os tipos de golpes do emprego são mais comuns:

Os golpes do emprego atuais normalmente chegam com uma vaga tentadora. Os recrutadores oferecem salários que podem chegar a cinco mil reais diários, além da possibilidade de trabalho remoto e carga horária reduzida, normalmente meio período. O candidato muitas vezes “já foi” recrutado, mas precisa realizar mais uma “tarefa”.

Essa última parte é onde o golpista normalmente atua. Os tipos de golpes podem ser:

  • Clicar em um link que vai ser redirecionado para um site onde o candidato deve preencher informações com todos os seus dados pessoais.
  • Site que baixa automaticamente um software (aplicativo) malicioso que vai permitir o acesso do golpista a dados contidos no celular, como senhas e informações pessoais.
  • O usuário perde o acesso à rede social de mensagens instantâneas, como o Whatsapp. A rede social é então usada pelo criminoso para pedir dinheiro de pessoas próximas à vítima.
  • O falso recrutador pede para que o candidato transfira um valor que vai permitir o avanço da vaga e vai possibilitar a contratação.

O diretor da Brasil Factorial afirmou na entrevista para a Folha Vitória que, normalmente “quem está procurando emprego não é acionado para vagas as quais nunca se candidatou”. Vagas que parecem muito boas para serem verdadeiras provavelmente não são reais. Comunicações via redes sociais realmente podem acontecer, explica Renan, mas isso ocorre em outras etapas do processo. 

(Estagiário Gabriel Mansur, sob supervisão do editor executivo de OLiberal.com, Carlos Fellip)

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