Especialistas dizem que vacina da dengue é contraindicada para pacientes em quimioterapia

Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica explica que o sistema imunológico desses pacientes pode estar comprometido devido ao tratamento em curso, o que pode resultar em respostas imunológicas inadequadas à vacinação.

Gabi Gutierrez | Especial para O Liberal
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A incorporação da vacina contra a dengue ao calendário nacional de imunizações marca um avanço significativo na luta contra essa doença viral transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. No entanto, a Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica destaca que essa vacina requer certos cuidados, especialmente para uma parcela específica da população: os pacientes oncológicos em tratamento com quimioterapia.

Segundo a Sboc, isso se deve ao fato de que o sistema imunológico desses pacientes pode estar comprometido devido ao tratamento em curso, o que pode resultar em respostas imunológicas inadequadas à vacinação.

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Médicos e especialistas da oncologia afirmam ser essencial que os pacientes oncológicos em tratamento com quimioterapia que identificarem os sintomas característicos da dengue, como febre e dores musculares, procurem, o quanto antes, profissionais de saúde para que avaliações individuais e recomendações adequadas possam ser feitas.

Além disso, segundo os especialistas, é importante adotar medidas de proteção individual, como o uso de repelentes. Recomenda-se o uso de produtos que contenham pelo menos 20% de icaridina, um ingrediente eficaz na repelência ao mosquito Aedes aegypti. Essas medidas combinadas são essenciais para prevenir a transmissão da dengue e proteger a saúde de todos.

Enquanto a vacina contra a dengue representa um avanço na prevenção da doença, é fundamental que sua aplicação seja feita levando em consideração as especificidades de cada indivíduo, especialmente no caso de pacientes oncológicos em tratamento com quimioterapia. 

A vacina

O Ministério da Saúde incorporou, em dezembro de 2023, a vacina contra a dengue no SUS. O Brasil é o primeiro país do mundo a oferecer o imunizante no sistema público universal. A vacina, conhecida como Qdenga, não será utilizada em larga escala em um primeiro momento, já que o laboratório fabricante, Takeda, afirmou que tem uma capacidade restrita de fornecimento de doses. Também de acordo com o Ministério da Saúde, é por isso, que a vacinação será focada em público e regiões prioritárias.

A incorporação do imunizante foi analisada de forma célere pela Comissão Nacional de Incorporações de Tecnologias no SUS (Conitec) e passou por todas as avaliações da comissão que recomendou a incorporação. No último dia 25 de janeiro, o MS anunciou as 17 unidades federativas escolhidas para a vacinação contra a dengue a partir de fevereiro.

A seleção, que não teve o Pará incluído, segue três critérios, conforme a pasta: são formadas por municípios de grande porte, ou seja, mais de 100 mil habitantes, com alta transmissão de dengue registrada em 2023 e 2024, e com maior predominância do sorotipo DENV-2. A imunização será aplicada nessas regiões endêmicas, em 521 municípios. As unidades da Federação escolhidas são: Acre, Amazonas, Bahia, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Roraima, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins.

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