Homem consegue trabalho após usar máscara com anúncio: 'sou porteiro, me contrate'

Depois de nove meses desempregao, um homem de 45 anos conseguiu trabalho de uma forma inusitada: transformou a máscara de proteção contra a covid-19 em uma espécie de classificado. “Sou porteiro, me contrate”, dizia o texto afixado no acessório obrigatório.

Após três semanas circulando com os dizeres na máscara, Roberto Vanderlei Padilha foi abordado, em um supermercado, por um morador de um edifício que estava procurando um funcionário para a portaria. "Fiz a entrevista em julho e me chamaram. E fiquei achando fantástico isso, é uma maneira das pessoas se divulgarem", contou.

Quem deu a ideia para Padilha — além de confeccionar a máscara estilizada para ele — foi um administrador conhecido na Região Metropolitana de Porto Alegre pela sua cruzada contra o desemprego. Carlos Henrique Bastos D'Ávila, o Kaká, presta assistência gratuita a pessoas que procuram trabalho — ele auxilia a elaborar currículo, explica como agir em uma entrevista e vai até os estabelecimentos comerciais de Porto Alegre para fazer o meio-campo com quem oferece emprego.

Ele conta que ficou dois anos desempregado, no momento mais difícil de sua vida. Tinha recém perdido um filho quando foi demitido. Enquanto procurava emprego, prometeu para si mesmo que, quando tivesse a oportunidade, ia ajudar pessoas na mesma condição que ele. 

"Eu saio dando a ideia, nas redes sociais e nas paradas de ônibus. E fico repetindo que vergonha não é pedir emprego, vergonha é não querer trabalhar", afirma.