Cientistas descobrem fungos da Amazônia que podem ajudar no combate ao mosquito da Dengue

Três espécies de fungos, por meio de uma análise científica, conseguiram combater larvas do Aedes Aegypti em apenas três dias

Carolina Mota
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Pesquisadores da Universidade Federal do Acre (UFAC) descobriram que três espécies de fungos presentes no solo da Amazônia são capazes de combater a proliferação das larvas do mosquito Aedes Aegypt, principal transmissor dos vírus da dengue, chinkungunya, zika e febre amarela.

O artigo foi publicado na revista científica Brazilian Journal of Biology, no último dia 27, após estudos sobre o desenvolvimento de um inseticida natural, produzido com bioativos da própria floresta.

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O biólogo e engenheiro florestal Gleison Rafael Mendonça, coordenador da pesquisa, coletou 23 espécies de fungos do solo das proximidades das residências da capital do Rio Branco, para avaliar a relação deles com as larvas do mosquito. 

Cinco deles foram eficazes em exterminar o vetor do mosquito no ambiente controlado, mas apenas três deles mostraram resultado positivo em combater as larvas em ambientes próximos de onde o Aedes Aegypti se desenvolve.

As espécies Beauveria sp, Metarhizium anisopliae e M. anisopliae foram eficazes em matar 100% das larvas em cerca de três dias.

Os pesquisadores consideram que um inseticida desenvolvido a partir de bioativos encontrados no solo pode ser mais eficaz em combater os mosquitos da região, além de ter um baixo impacto ambiental, uma vez que não há contaminação da água.

O inverno chuvoso na região amazônica leva à formação de poças de água que permanecem paradas — contribuindo para o acúmulo de larvas do A. aegypti — e que se tornam focos para a transmissão de doenças.

“Os microrganismos nativos da região amazônica são, obviamente, adaptados às condições locais da região. Então, priorizar o uso de um produto desenvolvido a partir de estirpes nativas de outras regiões pode impedir a ação eficaz dele por aqui porque as condições climáticas são diferentes”, afirma Mendonça, em entrevista à Agência Bori.

Carolina Mota, estagiária sob supervisão de Heloá Canali, coordenadora de Oliberal.com

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