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CASO MARIELLE: entenda a cronologia dos fatos

Após prender suspeito dos disparos, polícia trabalha para descobrir mandantes

Redação Integrada

A prisão de Ronie Lessa, policial militar reformado, e do ex-policial Elcio Vieira de Queiroz, na manhã desta terça-feira (12), acusados de assassinarem a vereadora carioca de 38 anos, Marielle Franco, e o motorista dela, Aderson Gomes, é um passo importante nas investigações que tentam chegar aos mandantes do crime. O fato ocorreu na quarta-feira, 14 de março do ano passado, na rua Joaquim Palhares, no Estácio.

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No carro que transportava a parlamentar, além do motorista, estava a assessora de imprensa Fernanda Chaves, que sobreviveu ao atentado. Segundo a Polícia Civil, foram encontrados pelo menos oito cápsulas no local, após os criminosos abrirem fogo contra o carro. Nenhum objeto foi levado.

O caso ocorreu em meio à intervenção federal no Estado fluminense, o qual Marielle Franco era contra. Mãe, negra, ativista feminista, LGBT e dos direitos humanos, ela foi a quinta vereadora mais votada no Rio em 2016 e repudiou a violência policial na comunidade de Acari dias antes de morrer.

 

ENTENDA O CASO

 

14 de março de 2018: Marielle, Anderson e Fernanda são alvos de um atentado. Foram feitos mais de 15 disparos contra o carro da vereadora carioca. Ela e o motorista não resistem aos ferimentos. 

 

15 de março de 2018: uma série de protestos se espalha por cidades de vários estados brasileiros. Pessoas levam cartazes, faixas e bandeiras para cobrar agilidade das autoridades acerca da apuração do caso.

 

16 de março de 2018: Congresso Nacional analisa a possibilidade de obrigar que todos os crimes que tenham a suspeita de envolvimento de agentes estaduais de segurança (policiais), milícias armadas ou grupos paramilitares passem a ser investigados diretamente pela Polícia Federal. 

 

17 de março de 2018: Estudo da Diretoria de Análise de Políticas Públicas da Fundação Getúlio Vargas (FGV Dapp) aponta que, do total de mensagens que circulavam das redes sociais, 88% eram mensagens de apoio e luto e 7% críticas ao PSOL, a esquerda e aos ativistas dos direitos humanos. Desembargadora Marília de Castro Neves Vieira, da 20ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, escreve no Facebook mentiras sobre a vereadora Marielle Franco (PSOL).

 

18 de março de 2018: ONU e a Organização dos Estados Americanos (OEA) emitiram comunicados. A Anista Internacional e Human Rights Watch, ONGs internacionais com sedes no Brasil, emitiram notas condenatórias. 

 

19 de março de 2018: PSOL entra com representação contra Desembargadora Marília de Castro Neves Vieira por difamação de Marielle nas redes sociais.

 

21 de março de 2018: Organizações ligadas aos direitos humanos denunciaram o assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes aos relatores da 37ª sessão do Conselho de Direitos Humanosda ONU. Além disso,  Papa Francisco manifestou solidariedade à família da vereadora e defensora dos direitos humanos Marielle Franco.

 

9 de abril de 2018: Morre Carlos Alexandre Pereira Maria, 37, colaborador do vereador carioca Marcello Siciliano (PHS), que foi ouvido na condição de testemunha no inquérito que investiga o assassinato da também vereadora Marielle Franco.

 

9 de maio de 2018: Uma testemunha que trabalhou para uma milícia do Rio de Janeiro procurou a polícia para acusar, em troca de proteção, um vereador e um ex-policial de serem os mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL).

 

29 de outubro de 2018: Anielle Franco, irmã de Marielle Franco, participa em Paris da Cúpula Mundial de Defensores de Direitos Humanos, recebe convite para se reunir com o presidente da França, Emmanuel Macron, no palácio do Eliseu. Ela pediu ajuda a Macron para o esclarecimento do crime.

 

1 de novembro de 2018: Então ministro da Segurança Pública Raul Jungmann, em coletiva de imprensa, anuncia que a Polícia Federal vai investigar a suspeita da existência de um esquema criminoso para acobertar a elucidação do caso. A partir daí, é instauração inquérito, pela Procuradoria-Geral da República, para ouvir o depoimento de duas testemunhas colhidos dentro e fora do Rio de Janeiro. 

 

13 de dezembro de 2018:  Polícia Civil do Rio de Janeiro realiza uma operação para cumprir mandados de prisão e de busca e apreensão envolvendo suspeitos de participação na morte da vereadora Marielle. Alguns dos alvos seriam milicianos na baixada fluminense.

 

22 de janeiro de 2019: Investigações descobrem que Raimunda Veras Magalhães e Danielle Mendonça da Costa da Nóbrega, ligadas ao grupo miliciano Escritório do Crime, têm relação com senador eleito Flávio Bolsonaro. O grupo é suspeito de envolvimento no assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes. 

 

7 de março de 2019: A Estação Primeira de Mangueira, vencedora do Carnaval do Rio de Janeiro em 2019, presta homenagem aos heróis da resistência, dentre os quais se destaca a vereadora Marielle Franco. 

 

12 de maço de 2019: Dois suspeitos de matar a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes no dia 14 de março de 2018 foram presos na madrugada desta terça-feira em uma operação conjunta do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, e a Delegacia de Homicídios (DH) da Polícia Civil da capital.

 

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