Auxílio Brasil pagou R$3,8 bilhões indevidamente em 2022, afirma CGU

Mais de 800 mil famílias receberam o benefício de maneira indevida entre janeiro e outubro de 2022; benefício passou a se chamar Auxílio Brasil durante o governo Bolsonaro

Gabriel Mansur

A Controladoria Geral da União (CGU) identificou o pagamento indevido do Auxílio Brasil para mais de 800 mil famílias durante os meses de janeiro a outubro de 2022. O benefício criado durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro substituiu o Bolsa Família, que retornou em março deste ano. 

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A publicação feita pela CGU na última segunda-feira (15) aponta que 468 mil famílias fora do perfil de renda receberam o benefício no período citado anteriormente. O prejuízo foi de R$218 milhões mensais, totalizando cerca de R$2,18 bilhões nos dez meses. Além disso, falhas no acompanhamento da situação cadastral de beneficiários podem ter gerado o pagamento indevido para mais 367 mil famílias, totalizando R$1,71 bilhões em pagamentos incorretos durante o período avaliado.

A CGU apontou que a renda é autodeclarada pelas famílias no momento da inscrição no Cadastro Único e, portanto, realizou uma análise avançada em busca de outras fontes de informação que complementassem o controle mensal do benefício, realizando uma verificação mais ampla a respeito do perfil dos beneficiários do Auxílio Brasil.

O benefício voltou a ser chamado de Bolsa Família em março deste ano, com a troca de presidentes. Sob o governo Lula, o benefício foi estabelecido no valor mínimo de R$600 e paga adicionais de R$150 para crianças de até seis anos e R$50 para gestantes e lactantes.

A CGU também recomendou ao Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) a adoção de providências, entre elas a reavaliação de famílias que entraram no benefício e a utilização de dados atualizados a partir de outras fontes além do CadÚnico. 

(Estagiário Gabriel Mansur, sob supervisão do editor web de OLiberal.com, Felipe Saraiva)

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