Após exibição de episódio de Linha Direta, suspeito por morte de criança é preso em Manaus

John Lenon Menezes Maia estava foragido há um ano e usava um nome falso para se proteger. Além dele, a tia da vítima, também envolvida no caso, foi presa

O Liberal
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John Lenon Menezes Maia, suspeito de participar da morte de Lorena Ferreira Rodrigues, de 2 anos, foi preso na tarde desta quarta-feira (31), em Manaus (AM). Ele estava foragido há um ano. A prisão do suspeito ocorreu duas semanas depois que o caso foi relembrado no programa “Linha Direta”, da TV Globo.

De acordo com informações da polícia, John foi capturado por meio de denúncias anônimas. Ele estava trabalhando como lavador de carros na rua Atagamita, bairro Aleixo, Zona Centro-Sul da cidade. No momento da abordagem ele ainda tentou fugir, mas foi atingido com um tiro em um dos pés.

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John usava um nome falso para tentar despistar a sua condição de foragido. Ele foi levado ao Hospital 28 de Agosto e, na sequência, encaminhado à Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca). 

Além de John, Ana Beatriz Barbosa Guimarães, tia da vítima, também voltou a ser presa pela Depca, que cumpriu mandado de prisão preventiva pelo homicídio da criança. 

Na época do crime, Ana Beatriz e John Lenon mantinham um relacionamento e eram os responsáveis por cuidar de Lorena. Segundo a polícia, a criança sofreu com as constantes agressões da tia e do companheiro dela.

As investigações apontam, ainda, que depois que o casal percebeu que a menina estava morta, viajou 120 quilômetros para ocultar o corpo de Lorena, que foi encontrado dentro de uma mochila no dia 27 de março de 2022, enterrado no quintal do avô dela, em Autazes, no interior do Amazonas.

Detalhes do caso

Joyce Coelho, titular da Depca, afirma que Lorena foi morta por Ana Beatriz e por John entre os dias 22 e 23 de março de 2022, no bairro Compensa, Zona Oeste de Manaus. Em 28 do mesmo mês, a tia da vítima foi presa em flagrante.

Ela foi acusada, também, por ocultação de cadáver e cumpriu dois meses de reclusão, um em Itacoatiara (a 176 quilômetros de Manaus) e outro em Manaus, e foi liberada posteriormente.

“Na ocasião desta prisão, ela negou ser responsável pela morte de Lorena, alegou que a criança teria morrido de causas naturais e disse que teria ficado assustada devido ao ocorrido, por isso enterrou o corpo da criança. Entretanto, o laudo médico apontou uma série de maus-tratos que a menina teria sofrido e a causa da morte teria sido traumatismo craniano”, falou Joyce.

Conforme a titular, no dia em que Ana Beatriz foi presa, John Lenon chegou a se apresentar na Depca, prestou declarações e imputou os maus-tratos à mulher, negando que teria participação na ação criminosa.

“Em depoimento, na época, ele contou que levou a criança com vida para o porto e que Ana Beatriz teria embarcado sozinha para Autazes, não sabendo alegar em que momento Lorena foi morta. Por isso precisávamos esclarecer essas informações”, relatou Joyce.

Ainda segundo a delegada, as equipes conseguiram imagens de monitoramento que constataram que John Lenon saiu do trabalho por volta das 11h do dia 23 de março de 2022.

Nas gravações, John saiu em uma motocicleta, carregando uma mochila vazia, e foi até à residência de Ana Beatriz para buscá-la. Eles seguiram em direção ao porto da Ceasa, com o corpo de Lorena dentro da mochila.

“A criança estava sem vida no momento em que os suspeitos se deslocaram para Autazes, constatando que a versão apresentada por ele seria inverídica. Então as investigações foram evoluindo e conseguimos com que o mandado de prisão preventiva da Ana Beatriz fosse expedido”, falou a delegada.

A delegada contou, ainda, que no novo depoimento, Ana Beatriz confessou participação no crime e descreveu tudo o que ocorreu antes e no momento da morte da criança, que foi vítima de constantes torturas praticadas por John Lenon.

“A mãe de Lorena havia a deixado sob os cuidados do casal e, ao longo dos meses, a menina foi vítima de frequentes episódios de maus-tratos. No dia 22 de março, conforme relatado pela criminosa, os dois haviam agredido a criança fisicamente e ela passou a desmaiar e acordar, em consequência das agressões”, disse.

A delegada concluiu dizendo que, por volta das 10h do dia 23 de março, a tia da criança acordou e constatou que a menina estava sem respiração, momento em que ligou para o criminoso para que eles decidissem o que fariam com o corpo dela.

“Ele enrolou o corpo da vítima em um lençol e o colocou em uma mochila. Segundo ela, John Lenon teve a ideia de atirar a mochila dentro do rio, entretanto, ela negou. Por isso, eles seguiram caminho até Autazes e se hospedaram na casa do pai dela, onde enterraram o corpo da menina no quintal da residência”.

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