MENU

BUSCA

Recursos de multas de trânsito podem ser usados para custear CNH de motoristas de baixa renda

Presidente Lula também vetou exigência de exame toxicológico para novos motoristas. Novas normas começarão a valer daqui a 45 dias

Estadão Conteúdo

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou lei que permite que recursos arrecadados com multas de trânsito custeiem a habilitação de motoristas de baixa renda. 

Além disso, o presidente vetou a exigência de exame toxicológico para os candidatos que desejam tirar a primeira habilitação de condutores.  O texto aprovado pelo Congresso Nacional previa a exigência de resultado negativo em exame toxicológico como condição para se obter a primeira habilitação - ou permissão para dirigir - nas categorias A e B. 

Confira detalhes sobre as sanções e vetos.

Lula anuncia novo decreto para custear traslado de Juliana Marins
Durante evento na Favela do Moinho, em São Paulo, o presidente esclareceu que um decreto de 2017 proíbe que o Ministério das Relações Exteriores pague o translado de brasileiros mortos no exterior

Tarcísio diz que seu objetivo 'não é fazer evento, é fazer entrega' após faltar a ato com Lula

Exame toxicológico

"Em que pese a boa intenção do legislador, a inclusão do artigo para prever que os condutores de todas as categorias de veículos sejam obrigados a realizar exame toxicológico para a obtenção da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) contraria o interesse público, pois importaria em aumento de custos para a sociedade e poderia influenciar que mais pessoas optassem por dirigir sem a devida habilitação, o que comprometeria, por consequência, a segurança viária", justificou o Planalto, no veto.

Transferência de propriedade

De acordo com publicação no Diário Oficial da União (DOU), Lula também vetou o trecho sobre a transferência de propriedade de veículos por meio eletrônico que autorizava órgãos executivos de trânsito dos Estados e do Distrito Federal a criarem plataformas próprias de assinatura eletrônica avançada dos contratos de compra e venda.

"Os dispositivos contrariam o interesse público ao permitir a fragmentação da infraestrutura de provedores de assinatura eletrônica, o que poderia gerar potencial insegurança jurídica diante da disparidade de sua aplicação perante diferentes entes federativos", completou o Planalto.

Vigência imediata

Lula também vetou o artigo que previa a vigência imediata da lei, ao justificar a "complexidade que as mudanças propostas poderiam provocar na aplicação do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), e as respectivas dificuldades para a sua efetivação". Com isso, as novas normas começarão a valer somente daqui a 45 dias.