Padre da PB confessa que mentiu sobre sequestro e diz ter sofrido extorsão
Segundo a polícia, pessoas haviam feito uma cobrança de R$ 50 mil na redes sociais e, alegando desespero, ele decidiu tirar a própria vida
A Polícia Civil da Paraíba informou nesta segunda-feira (26) que abriu uma nova linha de investigação sobre o caso do padre José Gilmar, que ficou conhecido nacionalmente quando amigos procuraram a polícia para denunciar seu desaparecimento após deixar uma mensagem de celular pedindo socorro. Dois dias depois ele foi encontrado vivo às margens de uma rodovia no Litoral Sul do estado.
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De acordo com o delegado Luciano Soares, que está à frente do caso, o padre confessou ter mentido sobre ter sido sequestrado e diz ter sofrido extorsão. O religioso será autuado por falsa comunicação do crime.
Segundo o delegado, ele teria dito em depoimento que havia recebido uma cobrança de R$ 50 mil na redes sociais e, alegando desespero, decidiu tirar a própria vida. Ele viajou sozinho de carro para o Litoral Sul e lá tentou se afogar. Passou dois dias dentro do carro, orando e, por fim, decidiu se entregar à polícia.
"Ele confessou que havia mentido no primeiro depoimento e que não foi sequestrado. Na verdade, o relato do mesmo é que ele estava sendo extorquido. Pessoas haviam feito a cobrança de R$ 50 mil na redes social e, num gesto de desespero, ele decidiu dar cabo a própria vida. Ele disse que viajou sozinho no carro para o Litoral Sul, e lá tentou se afogar. Durante os dois em que ficou desaparecido sem dar notícias, ele ficou dentro do carro, orando, até decidir se entregar à polícia", explicou.
Nova investigação
"Nós estamos fechando esse inquérito com o indiciamento pela falsa comunicação do crime. A delegada responsável será Emília Ferraz. A nova versão, sobre a extorsão, será investigada", pontuou.
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