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Médica espancada por ex-namorado fisiculturista cobre tatuagens feitas para ele

Samira cobriu o nome de Pedro em seu braço com uma borboleta e flores, por uma tatuadora que se ofereceu para fazer o projeto de graça.

Gabrielle Borges

A médica Samira Mendes Khouri, de 27 anos, vítima de agressão física ao ser espancada pelo ex-namorado e fisiculturista Pedro Camilo Garcia, que a espancou em julho deste ano, realizou uma série de procedimentos de cobertura das tatuagens que tinha para o ex-companheiro.

Um dos motivos, além do trauma psicológico da agressão, era a ansiedade causada nela toda vez que olhava as homenagens feitas para o agressor. As agressões ocorreram em julho deste ano e duraram cerca de seis minutos e deixou a vítima com várias fraturas no rosto, além das marcas psicológicas.

“Eu nunca tive dúvidas que eu queria fazer alguma coisa com essa tatuagem, não sei, remover ou tampar e cobrir. Eu via o ‘Pedro’ já começava a me dar ansiedade”, afirmou ao portal Terra.

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Samira tinha o nome de Pedro e um beijo tatuados no antebraço, que fez por uma imposição do agressor, como uma prova de amor ao relacionamento dos dois. Caso ela não fizesse, ele teria que repensar o romance entre eles, que durou cerca de dois anos. “Ele falou que se eu não fizesse, ia ter que repensar o relacionamento, que ele tinha falado com o psicólogo dele, que isso era uma prova de amor. Se eu realmente achasse que fosse casar com ele, tinha que fazer a tatuagem”, explicou Samira. 

Segundo a médica, apesar de Pedro nunca tê-la agredido fisicamente, ela sempre teve receio do homem porque o ciúmes excessivo dele sempre os levava a discutir. Ela relata que, ele socava a parede, o volante do carro e era agressivo com outros homens que achava que a olhava.

Samira cobriu o nome de Pedro em seu braço com uma borboleta e flores, por uma tatuadora que se ofereceu para fazer o projeto de graça.

Relembre o caso

Samira sofreu agressão física do fisiculturista Pedro Camilo Garcia, na madrugada de 14 de julho, em um apartamento alugado pelo casal em Moema, na capital paulista. A vítima foi socorrida por policiais militares, que foram acionados pelos vizinhos e encontraram Samira desacordada, completamente desfigurada e ensanguentada.

Ela ficou internada na cidade até o dia 16, sendo posteriormente transferida para Santos, no litoral paulista. Ela recebeu alta no dia 27 de julho.

Durante o ataque, Pedro Camilo fraturou um osso da mão. Ele se tornou réu após a denúncia do Ministério Público, realizada em 1º de agosto, alegando tentativa de feminicídio. Ele está preso desde o dia 14 de julho, quando foi capturado pela Polícia Militar em Santos.

(*Gabrielle Borges, estagiária de jornalismo, sob supervisão de Felipe Saraiva, editor web de OLiberal.com.)