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Líder religioso é preso por suspeita de abusos sexuais contra mulheres durante 'rituais'

Rafael Maia Carlos Fonseca é investigado por usar posição para manipular vítimas em supostos rituais de purificação

Hannah Franco

Um líder religioso, identificado como Rafael Maia Carlos Fonseca, de 49 anos, foi preso na manhã desta quarta-feira (24) no Distrito Federal. Residente do Guará, o investigado é suspeito de cometer crimes de violência sexual contra diversas mulheres. A ação foi conduzida pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), através da Delegacia Especial de Atendimento à Mulher I (Deam I), localizada na Asa Sul.

De acordo com a PCDF, a operação incluiu o cumprimento de um mandado de prisão e de busca e apreensão. O objetivo foi coletar novos elementos de prova para fortalecer as denúncias já existentes e identificar possíveis outras vítimas dos crimes.

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De acordo com os depoimentos, os abusos teriam se estendido por um período de cerca de dez anos

As investigações apontam que Rafael Maia Carlos Fonseca utilizava sua posição de liderança religiosa para abusar de mulheres frequentadoras da instituição onde atuava. Conforme os relatos obtidos, os abusos ocorriam durante cerimônias religiosas, sob a justificativa de supostos rituais de purificação e lavagem espiritual.

A Polícia Civil informou que os depoimentos das vítimas indicam uma prática gradual e progressiva das condutas. Mulheres relataram toques indesejados e invasivos, que evoluíam ao longo do tempo e geravam situações de constrangimento, medo e sofrimento emocional.

Para a PCDF, as condutas apuradas evidenciam que o investigado se valia de sua posição religiosa. As investigações tiveram início após relatos de diversas mulheres e a análise de provas reunidas ao longo do procedimento policial.

A imagem do investigado foi divulgada pela Polícia Civil, considerando a possibilidade de existirem outras vítimas que ainda não registraram ocorrência. Mulheres que tenham vivenciado situações semelhantes são orientadas a procurar a Deam I, registrar a denúncia pela delegacia eletrônica ou comparecer à delegacia mais próxima.

As denúncias também podem ser realizadas pelo telefone 197, com garantia de sigilo, conforme informado pela delegada-chefe da Deam I, Adriana Romana. Após a prisão, Rafael Maia Carlos Fonseca foi encaminhado à carceragem do Departamento de Polícia Especializada (DPE).