Fotos de comida feitas por IA no iFood geram polêmica; saiba os direitos do consumidor
Usuários questionam prática adotada por restaurantes na plataforma; apesar de não haver proibição, especialistas alertam para riscos de propaganda enganosa
O uso de imagens geradas por inteligência artificial (IA) em anúncios de comidas no iFood tem gerado polêmica nas redes sociais. Muitos usuários passaram a questionar a autenticidade das fotos apresentadas nos cardápios dos restaurantes, sugerindo que a prática pode violar os direitos do consumidor, principalmente quando o prato entregue não corresponde ao que foi anunciado.
Apesar da repercussão negativa, a prática não é proibida, segundo especialistas. No entanto, pode configurar propaganda enganosa caso haja muita diferença entre a imagem exibida e o produto efetivamente entregue ao consumidor. A empresa assume o risco de frustração do cliente ao utilizar esse tipo de imagem, e pode ser responsabilizada se a foto induzir o consumidor ao erro.
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Nas redes sociais, há quem defenda que o iFood proíba o uso de imagens feitas por IA, enquanto outros argumentam que a tecnologia pode ser útil, desde que usada com responsabilidade e transparência. Confira a repercussão:
Em nota enviada à imprensa, o iFood afirmou que recomenda o uso de imagens geradas por IA apenas quando representarem com fidelidade o produto oferecido. A plataforma informou ainda que sua política de uso de imagens foi atualizada recentemente e que os parceiros receberam orientações por meio de mensagens diretas, vídeos educativos e conteúdos em seus canais oficiais.
A empresa também destacou que os usuários podem denunciar inconsistências diretamente pelo aplicativo, e que, após análise, os estabelecimentos podem sofrer sanções que variam de advertência até a exclusão da plataforma, conforme a gravidade do caso.
O que o consumidor pode fazer?
De acordo com o Procon, caso o consumidor perceba que o produto recebido não corresponde à imagem ou descrição da publicidade, ele tem direito de:
- Exigir o cumprimento da oferta;
- Solicitar um produto equivalente;
- Ou desistir da compra com devolução total do valor pago.
Caso o estabelecimento não resolva a situação, o consumidor deve registrar a reclamação no site do Procon de sua cidade ou estado.
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