Amazônia tem primeiro bimestre com menor índice de desmatamento em 6 anos

Os dados são do Imazon, que aponta também que a área desmatada nesse período supera o território de três capitais brasileiras

O Liberal
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O desmatamento da Amazônia no primeiro bimestre de 2024 (janeiro e fevereiro) chegou a 196 km², representando o menor número registrado em 6 anos, desde 2018. Em relação ao mesmo período de 2023, quando foi detectada a destruição de 523 km², a queda foi de 63%. Apesar disso, a área desmatada no primeiro bimestre de 2024 supera os territórios de três capitais brasileiras: Vitória (97 km²), Natal (167 km²) e Aracaju (182 km²). Os dados são do Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD), do Imazon.

O levantamento mostra que fevereiro foi 11º mês consecutivo de redução na derrubada da floresta. De acordo com o Instituto, o Pará ocupa o quarto lugar do ranking de maiores áreas desmatadas, no entanto, apresentou uma redução de 70% na derrubada no primeiro bimestre de 2024 em relação ao mesmo período de 2023.

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Situação nos demais estados

Dentre os estados que compõem a Amazônia Legal (Amazonas, Acre, Rondônia, Roraima, Pará, Maranhão, Amapá, Tocantins e Mato Grosso), apenas Maranhão e Roraima apresentaram aumento de desmatamento em fevereiro.

No Maranhão, a devastação passou de 2 km² em fevereiro de 2023 para 5 km² no mesmo mês deste ano, uma alta de 150%. Em Roraima, a destruição foi de 19 km² para 26 km², um aumento de 37%.

Já em relação ao tamanho das áreas desmatadas no primeiro bimestre de 2024, Mato Grosso, Roraima e Amazonas foram os estados que lideraram o ranking. Juntos, os três somam 152 km² de florestas derrubadas no bimestre, 77% de toda a destruição detectada na Amazônia.

Segundo o Imazon, no caso de Mato Grosso, o avanço do desmatamento está ocorrendo principalmente devido à expansão agropecuária, com destaque para os municípios Feliz Natal, Nova Maringá, Juína, Juara, Marcelândia e Canarana.

A área ainda é maior do que o registrado entre 2008, quando o monitoramento por satélite começou, e 2017. A exceção é apenas 2015, em todos os outros anos a derrubada permaneceu abaixo de 150 km² no primeiro bimestre.

 

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